A covid-19 tirou seu olfato? Um nariz biônico pode ser a solução

Perda de olfato é mais comum do que você imagina
A covid-19 não é a única culpada
Quantas pessoas perderam o olfato?
Milhões de adultos perderam o olfato
Opções de tratamento limitadas
Nova esperança para quem sofre de anosmia
Um nariz biônico
Um especialista em perda de cheiro
A ajuda do hardware
Os médicos se unem
O que é o implante coclear?
Um processo semelhante
Transformar os sentidos em sinais elétricos
Uma patente e um time dos sonhos
A equipe do nariz eletrônico
Um processo complexo
Nossos narizes são fascinantes
Como o cheiro é decodificado no nosso cérebro?
Como reconhecemos os aromas
Difícil de duplicar
Nariz eletrônico
As máquinas não conseguem detectar tantos odores
Melhor estimular o cérebro diretamente
Microeletrônica e IA
Serão criadas
As ondas de rádio enviarão as informações para o cérebro
Não ficará pronto da noite para o dia
Médicos pesquisadores são otimistas
Perda de olfato é mais comum do que você imagina

Anosmia é a incapacidade de cheirar, condição que tornou-se mais comum, desde a pandemia de covid-19.

A covid-19 não é a única culpada

No entanto, outras doenças, como Alzheimer, tumores e lesões cerebrais também podem fazer com que as pessoas percam o olfato.

Quantas pessoas perderam o olfato?

De acordo com o The Washington Post, entre 1 e 2% da população dos EUA tem dificuldades com o olfato, uma condição que piora com a idade.

Milhões de adultos perderam o olfato

Os jornais também apontam que, mundialmente, 15 milhões de adultos sofrem com a perda do olfato, após terem tido covid-19.

Opções de tratamento limitadas

O tratamento atual para pessoas que sofrem de anosmia é limitado, com apenas três opções disponíveis:

  1. Esperar e torcer para que o olfato volte por si só.
  2. Medicação esteroide prescrita para reduzir a inflamação e acelerar a recuperação.
  3. Praticar a reabilitação do olfato, onde os pacientes são expostos a odores familiares diariamente, na esperança de restaurar os nervos do nariz e do cérebro.
Nova esperança para quem sofre de anosmia

Recentemente, dois pesquisadores parecem ter encontrado uma solução definitiva para quem deseja recuperar o olfato.

Um nariz biônico

Dr. Richard Costanzo, professor de fisiologia e biofísica da Universidade da Virgínia Commonwealth, e o Dr. Daniel Coelho, especialista em otorrinolaringologia, trabalham na criação de uma nova neuroprótese, apelidada de "nariz biônico", capaz de ajudar pessoas a recuperar o olfato.

Foto: Genia Brodsky e Noam Sobel (The Weizmann Institute) - (2010) PLoS Computational Biology Issue Image, vol. 6(4) abril de 2010. PLoS Comput Biol 6(4): ev06.i04. doi:10.1371/image.pcbi.v06.i04, CC BY 2.5, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=16938376

Um especialista em perda de cheiro

O Dr. Costanzo (foto) foi o co-fundador do Centro de Distúrbios do Olfato e Paladar da Virginia Commonwealth University, o primeiro nos Estados Unidos, aberto na década de 1980.

Foto: Virginia Commonwealth University

A ajuda do hardware

De acordo com o IEEE Spectrum, após muitos anos de pesquisa sobre a perda de olfato, Dr. Costanzo decidiu explorar uma solução de hardware, para ajudar pacientes, na década de 1990.

Os médicos se unem

Costanzo decidiu trabalhar em colaboração com o Dr. Coelho (foto), que tinha experiência em implantes coclear, próprio para pacientes com dificiência auditiva.

Foto: Virginia Commonwealth University

O que é o implante coclear?

Costanzo disse ao Washington Post que o implante olfativo é baseado no mesmo conceito do implante coclear, que permite a pacientes surdos ouvirem.

Um processo semelhante

O IEEE Spectrum informou que os dois especialistas começaram a falar sobre o projeto em 2011, quando revelaram que uma prótese para o olfato poderia ser muito semelhante a um implante coclear.

Transformar os sentidos em sinais elétricos

Coelho disse à publicação: "O implante capta algo do mundo físico e o transforma em sinais elétricos, que vão diretamente a partes estratégicas do cérebro".

Uma patente e um time dos sonhos

Em 2016, Coelho e Costanzo finalmente obtiveram uma patente para seu sistema de implante olfativo, nos EUA. Eles têm trabalhado com outros talentosos colaboradores para tornar o projeto real a acessível.

A equipe do nariz eletrônico

De acordo com o IEE Spectrum, a equipe inclui "um especialista em nariz eletrônico, da Inglaterra, vários médicos, de Boston, e um empresário, de Indiana (EUA)".

Um processo complexo

Apesar de contar com um "time dos sonhos", Costanzo alerta que o aparelho ainda tem um longo caminho a percorrer, já que o processo de cheirar é complexo. Será necessário muito tempo até que funcione corretamente.

Nossos narizes são fascinantes

Costanzo explicou ao Washington Post como funciona nosso olfato. Segundo ele, temos a capacidade de cheirar devido a células olfativas receptoras. Estas estão na parte superior do nariz e detectam vapores químicos no ar.

Como o cheiro é decodificado no nosso cérebro?

Essa informação olfativa é então enviada pelas células através de fibras nervosas, que passam por aberturas na base do nosso crânio. Depois, se conectam ao bulbo olfativo, localizado em nosso cérebro.

Foto: Por Patrick J. Lynch, ilustrador médico - Patrick J. Lynch, ilustrador médicoFile:Head_olfactory_nerve.jpg, CC BY 2.5, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=68370471

Como reconhecemos os aromas

“O bulbo olfativo compartilha essas informações com o resto do cérebro e é justamente esse processo que resulta na percepção do cheiro, como o aroma de uma laranja ou a fragrância de uma rosa”, disse Costanzo ao Washington Post.

Difícil de duplicar

Costanzo reconheceu que duplicar esse processo sensorial é particularmente desafiador: "O problema é que não sabemos quais propriedades físicas dos odores químicos são importantes para codificar os diferentes cheiros que existem".

Nariz eletrônico

Um detector de monóxido de carbono, por exemplo, funciona como um nariz eletrônico simples.

As máquinas não conseguem detectar tantos odores

No entanto, esses dispositivos não conseguem distinguir ou detectar uma grande variação de odores, como fazem os seres humanos.

Melhor estimular o cérebro diretamente

Assim, Costanzo e Coelho decidiram contornar completamente as células olfativas danificadas em seu protótipo e, em vez disso, simplesmente estimular o cérebro de maneira direta, com um conjunto de eletrodos implantados.

Microeletrônica e IA

A dupla desenvolveu seu nariz biônico através de uma combinação de microeletrônica, processamento de dados e inteligência artificial.

Serão criadas "impressões digitais" exclusivas para cheiros

Costanzo explicou ao Washington Post que uma pequena peça externa de detecção de odor enviará sinais para um chip, gerando "impressões digitais únicas para diferentes cheiros".

As ondas de rádio enviarão as informações para o cérebro

Em seguida, as informações serão enviadas pelo chip, por meio de ondas de rádio, para um receptor no cérebro do indivíduo, que estimulará as áreas responsáveis pela percepção do cheiro.

Não ficará pronto da noite para o dia

Apesar do projeto já ter resultados positivos, Costanzo não quer que as pessoas pensem que será algo a que terão acesso num futuro próximo, pois o dispositivo levará tempo para ser aperfeiçoado.

Médicos pesquisadores são otimistas

Já existem planos para construir uma versão de protótipo clínico, em breve. No entanto, Dr. Coelho disse ao Washington Post: "Existem algumas coisas importantes que ainda precisam ser postas em prática, mas há muito poucos motivos para pensar que este dispositivo não funcionará."

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