A estranha descoberta científica sobre quem não consegue sentir cheiros
Um novo estudo, publicada na revista Nature Communication, revelou algo surpreendente sobre indivíduos que sofrem de anosmia congênita.
Um indivíduo com anosmia congênita nasce sem a capacidade de sentir odores e esse problema causa alterações na respiração nasal.
Os cientistas desobriram que estes pacientes respiram de forma diferente de quem não têm a condição.
Isso acontece durante as horas de vigília e sono, de acordo com o PsyPost, e é um grande problema para alguns.
De acordo com a pesquisa, pessoas que não conseguem sentir cheiros têm padrões de fluxo de ar interrompidos, o que pode ser perigoso.
“Existe essa noção de que esse sentido é completamente sem importância”, disse Noam Sobel, coautor do novo estudo e professor do Instituto de Ciências Weizmann, ao The Guardian.
“No entanto, se você o perde, muitas coisas ruins acontecem. Então parece um paradoxo”, continuou Sobel.
Os autores do estudo analisaram 21 pessoas com anosmia congênita, bem como outras 31 que relataram ter olfato intacto.
Os participantes do estudo passaram 24 horas sendo monitorados por um dispositivo colocado em suas narinas que media o fluxo de ar enquanto realizavam suas atividades diárias.
Os dados coletados durante o período do estudo revelaram que aqueles que conseguiam sentir o cheiro também tinham um número maior de fungadas ao respirar, em comparação com aqueles que não conseguiam sentir o cheiro.
De acordo com o The Guardian, os pesquisadores sugeriram que o aumento do olfato pode ser uma resposta ambiental naqueles que conseguem sentir cheiros.
Enquanto acordados, aqueles com anosmia congênita faziam mais pausas na respiração em comparação àqueles sem a condição, e também apresentavam diferenças em seus padrões respiratórios.
A pesquisa descobriu que aqueles com anosmia congênita também expiravam em taxas mais baixas quando acordados e tinham maior variação no volume de ar inalado durante o sono.
O PsyPost explica que o fluxo nasal é muito importante para a saúde humana e uma variação tão grande no fluxo de ar em pessoas com anosmia pode ter sérias ramificações.
“Como o fluxo de ar nasal influencia a atividade cerebral, a emoção e a cognição, os padrões respiratórios alterados observados na anosmia podem ter consequências de longo alcance”, explicou Eric Dolan, do PsyPost.
Os autores do estudo sugeriram que, como o fluxo de ar respiratório tem um impacto tão importante na saúde, emoção e cognição, os “resultados deletérios associados à anosmia” podem ser atribuídos à respiração alterada.
“Se você não suspirar, você morre”, Sobel disse ao The Guardian. “Então a noção de que padrões de respiração podem ser realmente influentes não é tão absurda.”
Todos os dados coletados foram analisados por um algoritmo de aprendizado de máquina que foi capaz de prever se um sujeito do estudo tinha ou não anosmia com uma taxa de precisão de 83%.
Siga-nos aqui e verá, a cada dia, conteúdos que lhe interessam!