A evolução humana pode ser responsável pelas alterações climáticas
Um dos maiores desafios para a humanidade é o aumento das temperaturas em nosso planeta. Será que podemos continuar a evoluir e, ao mesmo tempo, frear a mudança climática?
Um novo estudo liderado pela Universidade do Maine e conduzido pelo professor associado Tim Waring, levanta esta questão.
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Intitulado "Processos característicos da evolução humana causaram o Antropoceno e podem obstruir suas soluções globais", a pesquisa foi publicada pela Royal Society's Philosophical Transaction, a revista científica mais antiga do mundo.
Os pesquisadores acompanharam o impacto que a humanidade significou para o planeta nos últimos 100 mil anos, considerando o uso dos recursos naturais disponíveis.
Imagem: krysamon/Unsplash
De acordo com Waring e sua equipe, a evolução humana, a longo prazo, favoreceu pessoas que pertenciam a grupos maiores e que também exploravam o maior número de recursos.
Estas características, desenvolvidas ao longo de milhares de anos, ajudaram os nossos antepassados a sobreviver e a formar as primeiras sociedades.
No entanto, as mesmas características que contribuíram para o desenvolvimento das civilizações humanas podem ser exatamente aquelas que, agora, destroem nosso planeta.
Segundo a EuroNews, os autores do artigo descobriram que as competências usadas na resolução de problemas estão ligadas à utilização de mais recursos e em maior escala, sempre que necessário.
Waring e sua equipe chegaram à conclusão de que os seres humanos, historicamente, têm conseguido superar as crises que ameaçam a vida. No entanto, nem tudo é positivo.
Imagem: jasongoodman_youxventures/Unsplash
O estudo também destacou que os seres humanos, geralmente, são mais eficientes em buscar soluções quando os problemas atingem um ponto crítico.
Infelizmente, isto pode ser uma má notícia, pois resta-nos pouco tempo para salvar o o planeta das alterações climáticas.
“Atualmente, as pessoas pensam que o problema da alteração climática será resolvido”, disse Tim Waring, professor associado da Universidade do Maine, à EuroNews. “Isto porque o ser humano raramente deparou-se com um problema que não pode resolver”.
No entanto, Waring não é tão otimista: "Quero dar esperança para a humanidade, mas o objetivo deste artigo não é ser artificialmente positivo, é descrever com precisão o desafio que enfrentamos".
Os cientistas concordam que vivemos no Antropoceno, ou seja, as pegadas permanentes e irreversíveis que os humanos deixaram na Terra definem a idade atual do nosso planeta.
Segundo as Nações Unidas, o impacto humano sobre o clima passará a ser irreversível até 2030. Provavelmente, o exemplo mais assustador do Antropoceno em ação.
Se a humanidade pretende encontrar uma solução para reverter as mudanças climáticas, é necessária uma mudança radical e urgente.
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