A nova revelação sobre a misteriosa arte rupestre na Patagônia
Obras de arte pintadas nas paredes de uma caverna na América do Sul revelaram-se muito mais antigas do que se imaginava anteriormente, abrindo um novo capítulo na compreensão da história e do desenvolvimento cultural da região.
“A arte é, na verdade, vários milênios mais velha do que esperávamos”, disse o principal autor do estudo, ao WordsSideKick.com. Guadalupe Romero Villanueva explicou que ele e sua equipe ficaram muito surpresos com a descoberta.
Crédito da foto: Science Advances VOL.10 NO.07 Por GVR
A caverna é conhecida como Cueva Huenul 1 e está localizada a uma altitude de mil metros, no deserto da Patagônia. A Smithsonian Magazine observou que as paredes da caverna abrigam 895 pinturas únicas.
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Crédito da foto: Science Advances VOL.10 NO.07 Por GVR
Inicialmente, os arqueólogos presumiram que as pinturas rupestres encontradas em Cueva Huenul 1 haviam sido pintadas nos últimos milhares de anos. Mas o novo artigo, publicado na revista Science Advances, revelou um novo cenário.
Crédito da foto: Science Advances VOL.10 NO.07 Por GVR & RB
A datação por radiocarbono de pelo menos uma pintura mostrou que ela foi criada por humanos há aproximadamente 8.200 anos.
“Normalmente é muito difícil datar a arte rupestre, a menos que ela tenha um componente orgânico. Caso contrário, não há nenhum material que possa ser datado”, explicou Barberena, à WordsSideKick.com.
Crédito da foto: Science Advances VOL.10 NO.07 Por GVR
Os pesquisadores descobriram que a tinta preta usada em algumas das artes rupestres, provavelmente, foi feita de madeira queimada, procedente de cactos próximos à região. Isso permitiu à equipe obter uma data precisa de sua criação.
Crédito da foto: Science Advances VOL.10 NO.07 Por GVR & RB
A Smithsonian Magazine destacou que a arte encontrada na caverna retrata pontos e círculos geométricos. Além disso, há linhas paralelas e polígonos pintados de vermelho.
Crédito da foto: Science Advances VOL.10 NO.07 Por GVR
"Os povos antigos também pintaram silhuetas e rostos de humanos e de animais, como grandes pássaros que não voam, chamados emas e guanacos. Tintas brancas, amarelas e pretas foram usadas nas paredes", informou a Smithsonian Magazine.
As pinturas encontradas foram categorizadas em 446 motivos diferentes, cujas datas de criação variam de 8.200 a cerca de 3 mil anos atrás.
Crédito da foto: Science Advances VOL.10 NO.07 Por GVR
O motivo mais frequente ilustra misteriosos padrões em forma de pente, reproduzido repetidamente durante milhares de anos.
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“Para nós, é muito significativo que o mesmo motivo tenha sido pintado durante, mais ou menos, 3 mil anos”, explicou Ramiro Barberena, coautor do estudo, ao The New York Times.
Crédito da foto: Instagram @ramiro.barberena
O significado das pinturas em formato de pente ainda é desconhecido, mas os pesquisadores acreditam que elas possam ter transmitido conhecimento cultural.
Crédito da foto: Science Advances VOL.10 NO.07 Por GVR
"Achamos que isso fazia parte de uma estratégia humana para criar redes sociais em grupos dispersos, o que contribuiu para tornar essas sociedades mais resistentes a uma ecologia muito desafiadora", explicou Barberena, à Live Science.
Crédito da foto: Science Advances VOL.10 NO.07 Por GVR
Os autores do estudo observaram que “a expressão de imagens padronizadas resultava na transmissão intergeracional de conhecimento indígena, provavelmente, ligada à manutenção de memórias coletivas, durante o Holoceno médio”.
Crédito da foto: Science Advances VOL.10 NO.07 Por GVR
A arte rupestre datada na Cueva Huenul 1 é a mais antiga do continente sul-americano, mas, segundo a LiveScience, não é a mais antiga do mundo. Esse título vai para uma pintura encontrada na Indonésia, datada de 45.500 anos.
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