A onda de esfaqueamentos na China que abala todo um país

Imagens de esfaqueamentos viralizam
Crimes contra estrangeiros
Uma onda de xenofobia
Ataque a um ônibus escolar japonês
Proibição do discurso de ódio na internet
Ataque fatal contra visitantes americanos
China promove imagem segura
Incidentes isolados
Ataques a moradores locais
Matança na escola primária
As rigorosas leis sobre armas de fogo da China
Debate sobre mídia social chinesa
“Descontentamento e ansiedade”
Desemprego
Problemas de saúde mental
O papel da economia
Imagens de esfaqueamentos viralizam

Recentemente, vídeos de esfaqueamentos na China escaparam da censura oficial e viralizaram nas redes sociais, gerando preocupações sobre o impacto da crise econômica pós-covid-19 na saúde mental coletiva do país.

Crimes contra estrangeiros

Apesar de os detalhes dos crimes terem sido suprimidos pelas autoridades chinesas, o aumento do ultranacionalismo parece estar ligado aos ataques contra estrangeiros ocorridos.

Uma onda de xenofobia

Além do aumento do ressentimento contra os Estados Unidos, a antiga hostilidade da China em relação ao Japão foi intensificada com a liberação de água radioativa da usina nuclear de Fukushima Daiichi, provocando indignação internacional.

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Ataque a um ônibus escolar japonês

No mês passado, um ônibus com crianças japonesas em visita escolar foi atacado por um homem de 52 anos, na cidade de Suzhou, na província de Jiangsu, no leste do país. O motorista do ônibus, que era chinês, foi esfaqueado até a morte enquanto corria para socorrer as crianças. Uma mãe e uma criança japonesas ficaram feridas.

Proibição do discurso de ódio na internet

Depois disso, as principais plataformas de mídia social chinesas proibiram discursos de ódio contra os japoneses. Mesmo assim, a violência tem se espalhado, afetando também pessoas de outras nacionalidades em um país que, segundo o Ministério da Segurança Pública da China, possui uma das menores taxas de criminalidade do mundo.

Ataque fatal contra visitantes americanos

Quatro instrutores americanos que trabalhavam em um intercâmbio na Universidade Beihua, na cidade de Jilin, foram esfaqueados até a morte, depois que um cidadão chinês esbarrou em um deles, no movimentado parque público de Beihua. Um morador local que tentou intervir também foi morto.

China promove imagem segura

Enquanto isso, as autoridades chinesas foram rápidas em dissipar a ideia de que os ataques são específicos a estrangeiros. Apesar de incentivar o sentimento nacionalista, o governo quer atrair mais turistas e estudantes estrangeiros para a China, afirmando que o país é totalmente seguro.

Incidentes isolados

"Tais incidentes isolados podem acontecer em qualquer país do mundo", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning, segundo a CNN, em uma entrevista coletiva após o ataque ao ônibus escolar japonês.

Ataques a moradores locais

Em julho, um homem de 64 anos com histórico de doença mental esfaqueou três pessoas até a morte e feriu uma em Shenyang. Um mês antes, outro homem com doença mental esfaqueou duas mulheres chinesas em Hong Kong.

Matança na escola primária

Também em junho, um homem de 54 anos esfaqueou moradores em uma estação de metrô de Xangai e, em maio, houve um ataque a uma escola primária em Guixi, na província de Jiangxi, resultando em duas mortes e 10 pessoas feridas.

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As rigorosas leis sobre armas de fogo da China

A China tem algumas das regulamentações mais rigorosas do mundo em relação à posse de armas. Poucos civis têm acesso a armas de fogo, e a compra de facas grandes, geralmente, requer documento de identidade.

Debate sobre mídia social chinesa

Embora as autoridades chinesas afirmem que a taxa de criminalidade caiu nos últimos cinco anos, em uma população de 1,4 bilhão de pessoas, os frequentes ataques com facas têm gerado intenso debate nas redes sociais chinesas.

“Descontentamento e ansiedade”

Segundo a CNN, especialistas que estudaram o debate online disseram que há um crescente sentimento de "descontentamento e ansiedade", à medida que o país enfrenta dificuldades para recuperar sua economia ao nível anterior à pandemia do Covid-19.

Desemprego

O crescimento econômico lento, combinado com o colapso do mercado imobiliário e cortes nos gastos públicos, resultou em um aumento no desemprego. A taxa oficial é de 5%, mas o The Financial Times aponta que esse número pode ser maior.

Problemas de saúde mental

As notícias oficiais associam os esfaqueamentos a problemas de saúde mental, com estudos chineses relacionando esses crimes a perspectivas de emprego desfavoráveis. No caso dos ataques aos instrutores americanos e ao ônibus escolar japonês, ambos os agressores estavam desempregados.

O papel da economia

Wang Yaqiu, diretora de pesquisa para a China na Freedom House, disse ao Financial Times que os cidadãos chineses estão "cada vez mais isolados". Ela destacou que a economia desempenha um papel crucial nesse processo: "As crises econômicas tornam a vida extremamente difícil e geram uma crescente insatisfação".

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