A sonda espacial Parker que tenta resolver o maior mistério do Sol
Desde o ano 2018, a NASA mantém no espaço a Parker Space Probe, com o objetivo de entender melhor um aspecto do Sol que ainda intriga os pesquisadores: sua c o r o a.
A c o r o a solar é a região mais externa do nosso Sol e é difícil de ser vista sem a ajuda de instrumentos, a não ser durante um eclipse total.
A Sonda Espacial Parker foi projetada para investigar a diferença de temperatura entre a fotosfera do Sol (a grande parte amarela que podemos ver) e sua c o r o a, que é muito mais quente que a fotosfera.
De acordo com a EarthSky, a parte visível do Sol tem em torno de 6.000 graus Celsius, enquanto a c o r o a solar atinge temperaturas que chegam a 1.000.000 graus Celsius ou mais.
“É como acender uma lâmpada, e a lâmpada está quente ao toque, mas o ar ao redor dela está mil vezes mais quente”, explica o Space.com. O fato é que os pesquisadores não têm ideia do porquê desta enorme disparidade.
O que sabemos é que a c o r o a solar não pode ser aquecida por um processo normal de transferência de calor, pois isso acabaria v i o l a n d o a segunda lei da termodinâmica.
Por muito tempo, especulou-se que a c o r o a estava a ser aquecida por um processo que envolvia os campos magnéticos do Sol. Embora essa teoria ainda precise ser provada, faz sentido.
Durante seu sexto sobrevoo pelo Sol, a Sonda Espacial Parker descobriu estranhas mudanças no campo magnético do Sol à medida que se aproximava da estrela. Essas mudanças, mais tarde, passaram a ser chamadas de ziguezagues e poderiam explicar a diferença de temperatura entre a fotosfera e a c o r o a.
Crédito da foto: Wiki Commons Por NASA/Johns Hopkins APL/Steve Gribben, Domínio Público
“Um retorno começa na turbulenta fotosfera, onde plumas de plasma constantemente sobem para a superfície e deslizam de volta para baixo. Às vezes, regiões de intensa energia magnética podem se formar, onde muitas linhas de campo se enredam umas nas outras”, observou o Space.com.
O site especializado acrescentou: “Alguns desses campos são retos, apontando para longe do sol. Outros retornam à superfície no formato de uma ferradura gigante”. Quando esses campos se chocam, eles podem se desconectar e se reconectar, criando torções gigantescas.
Crédito da foto: Wiki Commons Por NASA Goddard Space Flight Center de Greenbelt, domínio público
A torção nos campos magnéticos é o que causa o retorno, e esse processo pode levar uma quantidade imensa de energia para ser entregue à c o r o a, acreditam os astrômos.
Crédito da foto: Wiki Commons Por Goddard Space Flight Center/Conceptual Image Lab/Adriana Manrique Gutierrez, Domínio Público
A descoberta também é importante para nos ajudar a entender os fenômenos na Terra.
Os campos magnéticos do Sol desempenham um papel importante no clima espacial. Tempestades solares afetam satélites, voos espaciais e redes de energia em todo o mundo.
“Quanto mais entendermos sobre o papel complexo dos campos magnéticos em todas as regiões do sol, melhor poderemos prever e planejar tempestades solares de todos os tipos”, explicou o Space.com.
A Sonda Espacial Parker completará 24 órbitas do Sol antes de sua missão terminar e já voou sete vezes mais perto do Sol do que qualquer outra nave espacial anterior, de acordo com a NASA.
Crédito da foto: Wiki Commons Por NASA/Naval Research Laboratory/Parker Solar Probe, Domínio Público
Em sua maior aproximação, a Sonda Espacial Parker chegará a 6,2 milhões de quilômetros do Sol, já que é capaz de suportar temperaturas de mais de 1.377 graus Celsius.
Crédito da foto: Wiki Commons Por NASA / JPL, Domínio Público
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