Grande Barreira de Coral pode desaparecer
Não é segredo que, com a constante ameaça das mudanças climáticas, o tempo para salvar nosso planeta está se esgotando.
Atualmente, um dos maiores tesouros das maravilhas naturais do nosso planeta parece estar com o tempo contado.
A Fundação Nacional de Ciência dos Estados Unidos informou que a Grande Barreira de Coral Australiana atingiu suas temperaturas mais altas em 400 anos, colocando em risco um patrimônio natural da UNESCO.
"A continuação na trajetória atual colocaria ainda mais em risco a função ecológica e o valor universal excepcional de uma das maiores maravilhas naturais da Terra", declarou um dos pesquisadores da Fundação Nacional de Ciência em um artigo publicado pela revista Nature.
O aumento constante das temperaturas causado pelas mudanças climáticas não dá tempo suficiente para a recuperação da barreira de corais. Alguns especialistas são mais pessimistas, afirmando que o destino da Grande Barreira de Coral Australiana já está selado.
A Radio New Zealand relata que um dos principais cientistas sobre mudanças climáticas da Austrália anunciou em uma conferência que a Grande Barreira de Coral recebeu seu “golpe mortal”.
Joëlle Gergis, da Universidade de Melbourne, falou sobre a condição crítica da Grande Barreira de Coral na Conferência sobre Mudanças Climáticas e Negócios em Auckland, Nova Zelândia.
De acordo com Gergis, 80% da Grande Barreira de Coral foi afetada por branqueamento em abril deste ano, sendo a primeira vez que os danos aos corais são tão profundos e abrangentes.
"Os cientistas sabem que é provável que o branqueamento extenso da barreira de corais deste ano tenha dado o golpe final à maior estrutura viva deste planeta", revelou a cientista das mudanças climáticas durante a conferência em Auckland.
De acordo com a NASA, os recifes de corais ao redor do mundo sustentam mais de um quarto da vida marinha conhecida, protegem as costas durante tempestades e ajudam as economias locais por meio da pesca e do turismo.
Embora os recifes de corais estejam se degradando rapidamente em decorrência das mudanças climáticas, a NASA sustenta que ainda há esperança, uma vez que alguns desses recifes estão conseguindo se adaptar a condições adversas.