Após nova acusação, Donald Trump ainda pode vencer a eleição de 2024?
O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi indiciado judicialmente pela quarta vez em menos de cinco meses. Na Geórgia, ele e 18 de seus aliados são acusados de tentar interferir nas eleições presidenciais de 2020 no Estado.
Os aliados de Trump em questão incluem Rudy Giuliani (foto), John Eastman e Mark Meadows, envolvidos em um total de 41 acusações, de acordo com a CNBC.
Essas acusações decorrem de uma investigação de longa duração sobre suas tentativas de reverter a vitória do presidente Joe Biden, nas eleições presidenciais de 2020.
Antes disso, Donald Trump já havia sido acusado de conspiração para fraudar os Estados Unidos, adulteração de uma testemunha e conspiração contra os direitos dos cidadãos.
Em julho, ele foi acusado de guardar documentos sigilosos. E, em 30 de março, de pagar "subornos" a uma estrela de cinema adulto, em 2016.
As quatro acusações criminais levantaram uma série de questões legais, uma delas relacionada à desqualificação de Trump nas próximas eleições presidenciais.
A Constituição do país estabelece requisitos bem explícitos para que um cidadão possa se candidatar à presidência: ter no mínimo 35 anos, residir nos Estados Unidos há pelo menos 14 anos, e ser cidadão nascido de pai ou mãe. Não exige, no entanto, que o candidato esteja imune a indiciamento, condenação ou mesmo prisão.
Por outro lado, segundo a revista Fortune, o Departamento de Justiça concluiu, em um memorando de 1973, que seria extremamente difícil governar de uma prisão, pois funções essenciais seriam afetadas.
Isso porque o presidente tem, por exemplo, reuniões no exterior e acesso a informações classificadas em uma sala à prova de espionagem. Mas governar nesta situação não é impossível.
Se Trump vencer a eleição, ele também pode tentar usar seu novo Departamento de Justiça para se livrar de sua responsabilidade criminal, explica a CNN.
"Se ele perder, pode ser preso", diz o repórter Collinson. No entanto, de acordo com uma pesquisa recente do New York Times, Trump "esmagaria" seu principal rival, Ron DeSantis, e concorreria contra Biden em uma eleição hipotética.
O comentarista político da CNN, Scott Jennings, argumentou que os eleitores têm o direito de saber o resultado dos casos de Trump na Justiça, antes de decidir sobre um novo presidente, em novembro de 2024.
Mas, de acordo com a CNN, a equipe jurídica de Donald Trump tem tentado, repetidamente, adiar as audiências relacionadas aos processos em andamento.