Armênia quer se afastar de Putin com esta ambiciosa proposta
O governo da Armênia aprovou um projeto de lei para iniciar o seu processo de adesão à União Europeia. A proposta será, agora, encaminhada ao parlamento do país, informa a rádio espanhola Cadena SER.
No entanto, o primeiro-ministro armênio, Nikol Pashinián, lembrou que a decisão só terá efeito após a realização de um referendo nacional.
“Nesta fase, antes de decidir convocar o referendo, devemos debater e desenvolver um roteiro com a União Europeia”, destacou o chefe do Governo, segundo o jornal espanhol El Confidencial.
Este já é um primeiro passo no processo de afastamento da influência da Rússia, muito forte nos países do Cáucaso. E Putin não gostou muito da decisão.
Recentemente, o Kremlin afirmou que não acredita que o país possa fazer parte tanto da UE como da União Econômica Eurasiática.
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A Armênia, que é uma antiga república soviética, faz parte da Organização do Tratado de Segurança Colectiva (CSTO) e da União Econômica Eurasiática, ambas organizações lideradas pela Rússia.
Segundo o El Confidencial, o primeiro-ministro armênio congelou a participação do país na CSTO em janeiro de 2024, depois de acusar a entidade de inação na guerra com o Azerbaijão, que levou à expulsão dos armênios do território de Nagorno-Karabakh.
Do outro lado, segundo a Cadena SER, a Rússia tenta reforçar as suas relações com o Azerbaijão, que, há décadas, está em conflito com a Armênia pela região de Nagorno Karabakh.
Vladimir Putin esteve na capital do Azerbaijão em meados de 2024, numa das suas poucas viagens ao estrangeiro após a emissão de um mandado de prisão internacional.
A Armênia já mantém uma relação bilateral com a União Europeia baseada num acordo de associação assinado em 2021. Tal como explica a rádio SER, a UE já é o maior doador da Armênia em termos de cooperação.