As 9 vezes que humanos quase causaram um apocalipse nuclear

O temor do fim do mundo
A Crise dos Mísseis de Cuba
9. O submarino soviético B-59
Por um triz
8. O Incidente do Campo Volk
Mísseis nucleares por causa de um urso
7. Acidente do Goldsboro B-52, em 1961
Um dos acidentes potencialmente mais graves da história
6. Acidente do Palomares, 1966
E as bombas?
Um icônico banho de mar
5. Nixon vs. Coreia do Norte
Contra-ataque dos EUA?
Um momento de sobriedade
4. Able Archer 83
Able Archer 83: simulação ou realidade?
Contra-ataque?
Falhas na tecnologia
3. A tempestade solar de 1967
2. Outra falha tecnológica, 1979
Alarme falso
1. Incidente de alarme falso nuclear soviético, 1983
Antes disso, houve o fatídico voo 007, da Korean Air Lines
O homem que salvou a humanidade
O fator humano
Um herói da humanidade
O temor do fim do mundo

Com a crescente tensão entre os Estados Unidos e a Rússia, os velhos temores nucleares voltaram. Mas o perigo de um apocalipse criado pelo homem não é novo. Reunimos, na galeria, os momentos em que estivemos bem próximos do fim do mundo!

A Crise dos Mísseis de Cuba

Dos momentos mais críticos da história recente da humanidade, dois deles ocorreram durante a chamada 'Crise dos Mísseis de Cuba', quando Fidel Castro (imagem) decidiu ceder seu território para que os soviéticos pudessem plantar armas nucleares.

9. O submarino soviético B-59

Em meio à tensão provocada pela decisão de Fidel Castro, o submarino soviético B-59 foi cercado por contratorpedeiros americanos, que patrulhavam as águas cubanas.

Por um triz

Como resposta, o capitão e comissário político do submarino soviético quase disparou um torpedo nuclear contra a frota dos EUA. No entanto, o ataque seria tão letal que o segundo comandante do navio interrompeu a operação e recusou-se a seguir as ordens superiores, convencendo o capitão a acalmar-se. Se tivesse sido disparado, o torpedo teria iniciado uma grave guerra atômica.

8. O Incidente do Campo Volk

Enquanto isso, nos Estados Unidos, um erro absurdo poderia ter desencadeado uma catástrofe nuclear. Soldados do Centro Diretor de Duluth detectaram uma estranha figura que escalava uma das cercas do centro, atirando contra ela. Com isso, foi ativado um alarme em todas as bases militares da região.

Imagem: Markus Spiske/Unsplash

Mísseis nucleares por causa de um urso

No sistema de Volk Field, aeroporto militar em Wisconsin, o falso alarme colocou aviões militares carregados com armas nucleares prestes a decolarem. A ordem de ataque foi, felizmente, abortada, quando descobriu-se que a figura misteriosa que subia a cerca era apenas um urso.

Imagem: Mark Basarab/Unsplash

7. Acidente do Goldsboro B-52, em 1961

Em 1961, um avião bombardeiro estratégico, o B-52 Stratofortress, que carregava duas bombas nucleares de 3-4 megatons, caiu perto de Goldsboro, na Carolina do Norte, EUA. Antes da queda, uma das bombas desprendeu-se da aeronave e desceu de paraquedas, enquanto a outra caiu em um campo aberto, próximo da região.

Um dos acidentes potencialmente mais graves da história

Em 2013, documentos desclassificados da CIA revelaram que a bomba que caiu em campo aberto teria potência sificiente para causar uma explosão com intensidade equivalente a 250 vezes a do bombardeio de Hiroshima.

6. Acidente do Palomares, 1966

Algo semelhante aconteceu em 1966, quando um bombardeio B-52G, da força aérea dos Estados Unidos, colidiu com um Boeing KC-135. Este reabastecia em pleno ar, a uma altura de mais de 9 quilômetros acima do Mar Mediterrâneo, no sudeste da Espanha, deixando cair quatro bombas de hidrogênio.

E as bombas?

Três bombas caíram em terra, enquanto a quarta foi encontrada no Mar Mediterrâneo, intacta, alguns meses depois.

Um icônico banho de mar

Para refutar quaisquer rumores sobre uma possível contaminação nuclear nas água do Mar Mediterrêneo, o ministro espanhol da Informação e Turismo, Manuel Fraga, nadou na praia de Palomares, diante de jornalistas, protagonizando um momento icônico na política espanhola.

5. Nixon vs. Coreia do Norte

Em 1969, as tensões entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte intensificaram-se, depois que Pyongyang abateu um avião de reconhecimento militar dos EUA, matando 31 tripulantes.

Contra-ataque dos EUA?

O presidente dos EUA, Richard Nixon, ordenou que os bombardeiros nucleares estivessem a postos para atacar a Coreia do Norte, em retaliação. No entanto, nenhuma ordem de ataque foi dada.

Um momento de sobriedade

Na época, surgiu o boato de que o persistente Nixon estava embriagado e seu conselheiro, Henry Kissinger (foto), pediu ao alto comando militar para esperar até que ele ficasse sóbrio. Até agora, nenhuma informação oficial descartou ou comprovou a história.

4. Able Archer 83

Able Archer foi o nome de uma série de exercícios anuais da OTAN, que simulavam uma escalada de conflito contra a União Soviética, chamado DEFCON 1, que culminava com um ataque nuclear coordenado. No entanto, em 1983, o treinamento quase se transformou em um combate real.

Able Archer 83: simulação ou realidade?

Alguns fatores levaram os líderes soviéticos a acreditarem que o Able Archer 1983 era um disfarce para o lançamento de um primeiro ataque nuclear. Os novos códigos de comunicação, o envolvimento de chefes de governo e a chegada do sistema nuclear Pershing II confundiram as autoridades da URSS.

Contra-ataque?

Assustada, a União Soviética começou a preparar ogivas nucleares em aeronaves de combate e mobilizou suas tropas na Alemanha O r i e n t a l e na Polônia. Felizmente, a OTAN não respondeu à escalada soviética e as tensões dissiparam-se com os exercícios. Anos depois, foi revelado que o Able Archer 83 esteve muito próximo de ser o início de uma Terceira Guerra Mundial.

Falhas na tecnologia

A dependência excessiva dos computadores e as falhas tecnológicas levaram a humanidade à beira de uma guerra nuclear em mais de uma ocasião.

3. A tempestade solar de 1967

Em 23 de maio de 1967, uma poderosa tempestade solar bloqueou os radares do Comando de Defesa Aérea de todo o hemisfério norte. Com isso, as autoridades estadunidenses pensaram que a União Soviética havia bloqueado seu sistema e quase lançou um contra-ataque nuclear.

2. Outra falha tecnológica, 1979

Algo semelhante aconteceu em 9 de novembro de 1979, quando os computadores do NORAD, do Pentágono e do Comando Aéreo Estratégico detectaram um ataque de mísseis em grande escala, com 2,2 mil projéteis vindos da União Soviética. Em resposta, os bombardeiros nucleares estadunidenses estavam prontos para decolar.

Alarme falso

Felizmente, os satélites conseguiram confirmar que o ataque foi apenas um alarme falso.

1. Incidente de alarme falso nuclear soviético, 1983

Em 26 de setembro de 1983, o sistema soviético de alerta antimísseis relatou cinco mísseis nucleares vindos dos Estados Unidos em direção à URSS.

Antes disso, houve o fatídico voo 007, da Korean Air Lines

Algumas semanas antes, a União Soviética havia disparado contra um avião civil coreano, acreditando ser um avião espião americano não identificado. Entre as 269 pessoas mortas, estava o congressista da Geórgia, Larry McDonald.

O homem que salvou a humanidade

O tenente-coronel Stanislav Petrov (foto), que estava em serviço aquele dia, descartou o ataque detectado pelo radar e o classificou como um alarme falso. Foi ele que evitou um ataque de retaliação.

O fator humano

Em seu treinamento, Petrov havia sido instruído de que um ataque nuclear vindo dos Estados Unidos provavelmente seria massivo. Como o radar detectou apenas cinco mísseis, ele apostou por uma falha de detecção e, felizmente, estava certo.

Um herói da humanidade

Embora aclamado por ter salvado o mundo, o tenente-coronel não recebeu reconhecimento de seu governo. Petrov ganhou o Prêmio da Paz de Dresden, em 2013, e faleceu em 2017.

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