As devastadoras imagens do terremoto na Turquia e na Síria
Um terremoto de magnitude 7,8 atingiu o centro da Turquia e o noroeste da Síria, às 04h17 (horário local), desta segunda-feira (6). Centenas de pessoas morreram e várias ficaram feridas, em ambos os países.
A BBC informou que, de acordo com o US Geological Survey, o terremoto ocorreu a uma profundidade de 17,9 km, perto de Gaziantepe, capital da província homônima da Turquia.
Desde então, equipes de emergência na Turquia e na Síria têm procurado sobreviventes, incansavelmente, entre os escombros. Na foto, uma criança de 10 anos é resgatada em Osmaniye, Turquia.
No entanto, de acordo com a CNN, além da neve que dificulta o resgate, espera-se que as temperaturas caiam para -6ºC em Gaziantepe, na Turquia, aumentando o risco de que pessoas presas nos escombros congelem.
De acordo com as autoridades turcas, já foram encontrados mais de 1.500 corpos sem vida e cerca de 5.300 feridos. Mais de 2.800 edifícios foram destruídos pelo terremoto.
A Turquia declarou "alarme de nível 4", e pediu ajuda internacional para lidar com este devastador desastre natural.
De acordo com uma declaração feita por Suleymon Soylu, Ministro do Interior turco, dez cidades turcas foram afetadas: Gaziantepe, Kahramanmaras, Hatay, Osmaniye, Adiyaman, Malatya, Sanliurfa, Adana, Diyarbakir e Kilis.
A Síria, já afetada por 11 anos de guerra civil, também sofreu enormes estragos com o terremoto.
De acordo com o jornal El País, na Síria, o número de mortos supera os 900 e há mais de mil pessoas feridas.
O número maior de mortos e feridos na Síria foi relatado nas províncias de Hama, Aleppo e Latakia, onde o terremoto destruiu vários edifícios.
A Sociedade Médica Sírio-Americana (SAMS) afirmou, segundo a CNN, que os hospitais do país "estão sobrecarregados com pacientes lotando os corredores".
O The Guardian informou que os Capacetes Brancos, voluntários que formam a Defesa Civil da Síria, declarou a região noroeste do país uma "área de desastre".
Em comunicado, os Capacetes Brancos disseram que centenas de famílias ainda estão presas nos escombros.
De acordo com Chris Elders, professor da Escola de Ciências da Terra e Planetárias da Universidade de Curtin, na Austrália, tremores secundários após o poderoso terremoto devem continuar por "vários dias, várias semanas, talvez até vários meses". A declaração foi divulgada pela Al Jazeera.
De fato, tremores secundários de quatro ou cinco de magnitude já foram registrados. Embora sejam menos devastadores do que o terremoto inicial de 7,8, ainda assim preocupam.
A Turquia está localizada em uma das zonas de terremotos mais ativas do mundo. O país sofreu muito em 1999, quando um de magnitude 7,4 atingiu a região noroeste, matando mais de 17 mil pessoas.
Tanto a Turquia quanto a Síria têm recebido apoio de líderes de todo o mundo. Países como Estados Unidos, Índia, Paquistão e até a Ucrânia compartilharam suas condolências e prometeram apoiar ambas nações em seus esforços de recuperação, após o desastre.