As horas nas quais não se deve trabalhar, segundo estudo

Um novo estudo sobre jornada de trabalho
Horário tradicional de trabalho
Mais de 7 mil pessoas entrevistadas
Consequências
Padrões diferentes
Horários mais voláteis, pior saúde
Fadiga física e emocional
Tendências sociais
Pessoas desfavorecidas, as mais afetadas
Trabalho como vulnerabilidade
Um novo estudo sobre jornada de trabalho

Muitos países têm experimentado a semana de trabalho de quatro dias, mas há outro aspecto importante nesta esfera: o horário. Trabalhar por turnos, à noite, ao longo do dia... Tudo isso afeta a saúde das pessoas, como confirma um estudo recente da Universidade de Nova York.

Horário tradicional de trabalho

Publicado na revista científica Plos One, o estudo revela que os horários de trabalho não convencionais têm um impacto negativo na saúde física e mental das pessoas, com consequências no ambiente social e familiar.

(Foto: Bonnie Kittle / Unsplash)

Mais de 7 mil pessoas entrevistadas

O estudo foi conduzido utilizando dados da Pesquisa Nacional Longitudinal da Juventude de 1979, com informações coletadas ao longo de três décadas de mais de 7 mil cidadãos americanos.

(Foto: Alex Kotliarsky / Unsplash)

Consequências

Com esses dados, Wen-Jui Han, autor da pesquisa, buscava estudar os padrões de emprego para entender suas consequências na saúde das pessoas com 50 anos.

(Foto: Jacek Dylag / Unsplash)

Padrões diferentes

Um total de 60% dos participantes haviam trabalhado em horários padrão ao longo de suas carreiras: 35% trabalhavam principalmente em horas padrão, enquanto 26% trabalhavam em horas padrão e estáveis. Uma parte considerável (17%) começou trabalhando em horas padrão aos 20 anos para depois ter horários mais variáveis, com turnos à tarde e à noite (a partir dos 30 anos). Outros 12% começaram em horário padrão e depois passaram para um horário variável.

(Foto: Sigmund / Unsplash)

Horários mais voláteis, pior saúde

O estudo demonstra que pessoas com horários de trabalho mais voláteis tinham uma qualidade de sono pior e dormiam menos em comparação com aqueles que tinham um trabalho diurno em horários padrão.

Fadiga física e emocional

Além da falta de sono, a fadiga física e o esgotamento emocional eram as consequências mais imediatas de uma jornada de trabalho instável. Além disso, pessoas com horários variáveis eram mais propensas a desenvolver depressão aos 50 anos.

Tendências sociais

O estudo também destaca algumas tendências sociais que influenciam a estabilidade dos horários de trabalho. Pessoas negras tendem a ter horários mais variáveis, o que está relacionado a uma saúde mais precária.

Pessoas desfavorecidas, as mais afetadas

Além disso, as pessoas desfavorecidas e com menor nível de educação também eram mais propensas a trabalhar fora do horário padrão, com consequências negativas para sua saúde, conforme relatado pela agência espanhola Europa Press. "As pessoas com posições sociais vulneráveis carregam desproporcionalmente essas consequências para a saúde", afirma o autor em seu estudo.

Trabalho como vulnerabilidade

Por isso, Han denuncia em sua pesquisa um problema histórico: "O trabalho deveria fornecer os recursos para ter uma certa qualidade de vida, mas tornou-se um fator de vulnerabilidade para manter a saúde, devido à sua crescente precariedade, em uma sociedade cada vez mais desigual".

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