As mudanças que Elon Musk pretende implantar no Twitter
Elon Musk é oficialmente o novo dono do Twitter. Ele disse que a plataforma era "o futuro da civilização". Pagou 44 bilhões de dólares e a primeira coisa que fez foi aparecer na sede da empresa e despedir diretores. Mas como Elon Musk quer transformar essa rede social?
Elon Musk acredita que o algoritmo pelo qual o Twitter funciona deve ser público. De acordo com a CNN, isso significa que devemos saver quais as regras que os computadores seguem para determinar o que vemos no nosso feed. Ele quer dar transparência ao funcionamento do Twitter para que as pessoas saibam por que algumas coisas são promovidas e outras não.
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Elon Musk afirma ser um "absolutista da liberdade de expressão", de acordo com o The Guardian, e quer alterar as regras de moderação do Twitter. Muitos temem que isso permita (ainda mais) a infiltração do discurso de ódio. E, claro, talvez também o regresso de usuários banidos.
Donald Trump foi banido do Twitter por suas postagens violentas e há especulações de que Elon Musk poderia deixá-lo voltar à rede social.
Menos controversas podem ser outras novidades defendidas por Elon Musk. Por exemplo, a opção de editar os tweets. Uma melhoria sem dúvida, que incompreensivelmente, nunca havia sido incluída no Twitter.
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Outra possível mudança mencionada pelo The Guardian é a retirada da publicidade na opção premium Twitter Blue. Mas faz sentido abrir mão desse dinheiro em uma empresa cujos 90% da receita vem da publicidade? Talvez. Porque Elon Musk pode ter em mente outras maneiras de ganhar dinheiro com o Twitter.
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Michelle Toh escreveu um artigo na CNN intitulado: "Elon Musk quer um WeChat para o mundo". Ele referia-se à admiração que Musk teria manifestado aos investidores sobre a lucratividade do WeChat, um superaplicativo chinês que integra serviços de mensagens, vendas e chamadas.
Talvez Elon Musk queira monetizar o Twitter abrindo o aplicativo para e-commerce. Dar ao usuário esta opção pode ser um bom negócio.
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E o mesmo pode ser dito da introdução de um serviço de chamadas telefônicas via Twitter.
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Todas essas possibilidades estariam disponíveis em um Twitter Premium reforçado e renovado.
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Elon Musk, segundo a CNN, disse: “As pessoas basicamente vivem no WeChat, na China, porque é muito útil para a vida cotidiana, e acho que se conseguirmos isso, ou mesmo chegar perto disso, no Twitter, seria um grande sucesso”.
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Mais além de seus planos de negócios, há preocupação em muitas áreas com a megalomania de Elon Musk e seu lado "geoestrategista". Ao empresário são atribuídas conversas com Putin e autoridades chinesas, embora negue tais rumores.
O The New York Times o descreveu como um "agente do caos" por suas intervenções para "resolver" conflitos como os da Ucrânia ou de Taiwan.
"Seus críticos, e há muitos, temem que seja difícil separar os pontos de vista de Musk de seus interesses comerciais, especialmente quando se trata da Tesla, que depende cada vez mais da China", escrevem Chang Che, Cade Metz e Adam Satariano no The New York Times.
Alguns questionam se Elon Musk alcançou muito poder no mais alto nível. Um bom exemplo é que através da SpaceX ele fornece serviço de internet para a Ucrânia e, embora tenha se retratado, sugeriu desligá-lo se não lhe pagassem os milhões de dólares que custa para mantê-lo ativo.
De qualquer forma, Elon Musk assume o Twitter firmemente convencido de que essa rede social deve ser mudada. Veremos até onde vai.