As pesquisas científicas mais ridículas a ganharem um Prêmio IgNobel
O nome IgNobel é um modo jocoso da junção do prestigiado Prêmio Nobel com a palavra anglófona ignoble (ignóbil, em português). Está em funcionamento há mais de 30 anos e premia algumas das pesquisas científicas mais absurdas do mundo, a cada ano.
O Prêmio da Paz de 2021 foi para três pesquisadores que testaram a hipótese de que os humanos têm barba para se protegerem de socos no rosto. Eles testaram 20 amostras de tecido ósseo humano coberto por diferentes espessuras de cabelo. A conclusão? Quanto mais barba, menor a lesão.
Em 2022, um grupo de pesquisadores japoneses ganhou o Prêmio de Engenharia por tentar descobrir a maneira mais eficiente de usar os dedos para girar uma maçaneta. A conclusão? Para girar uma maçaneta maior que 1 cm, geralmente são necessários três dedos. Mas esse número sobe à medida que o diâmetro aumenta.
O Prêmio de Economia de 2018 foi para pesquisadores canadenses e americanos que investigaram se os bonecos de vodu são uma forma eficaz de retaliação contra chefes abusivos. A conclusão é de que pode ser uma forma inofensiva de contrabalancear a injustiça percebida (sem ações judiciais!).
Em 2010, pesquisadores holandeses ganharam o IgNobel de Medicina por descobrir que os sintomas da asma podem ser tratados na montanha-russa. Eles convidaram 25 mulheres jovens, que sofriam de asma aguda, para participar do emocionante experimento.
Foto: Matt Bowden, Unsplash
Um laboratório da Força Aérea dos EUA, com sede em Ohio, ganhou o Prêmio da Paz de 2007 por solicitar uma doação de 7,5 milhões de dólares para estudar a criação de uma 'bomba g a y', que faria com que os soldados inimigos parassem de atacar, já que ficariam fortemente atraídos uns pelos outros. Uma nova maneira de interpretar a frase: 'Faça amor, não guerra'.
O Prêmio de Medicina de 2011 foi para o estudo sobre a necessidade de u r i n a r e a tomada de decisões. Os pesquisadores concluíram que a vontade de fazer x i x i pode fazer com que as pessoas tomem decisões melhores em algumas coisas, mas piores em outras.
O Prêmio de Ciência da Computação de 2002 foi para um inventor do Arizona. Ele desenvolveu o PawSense, um software desenhado para detectar quando um gato está a andar sobre o teclado do computador.
O Prêmio de Literatura de 1995 foi para pesquisadores de Wisconsin. Eles fizeram uma revisão de todos os objetos descobertos na região do reto, em humanos. O relatório cita elementos, como lâmpadas, um afiador de facas, uma caixa de rapé, onze formas diferentes de frutas, verduras, lanternas, a coleção de óculos de um paciente, a chave de uma mala, uma bolsa de tabaco e uma revista.
O Prêmio de Medicina de 2019 foi concedido a um pesquisador que mostrou que a pizza pode proteger o humano contra certas doenças, mas apenas se for feita e consumida na Itália!
O cientista atmosférico Bernard Vonnegut ganhou o IgNobel Meteorológico de 1997. O artigo de 2010 revelou que pode-se estimar a velocidade do vento em um tornado averiguando se ele é capaz de depenar uma galinha completamente, um fenômeno frequente em tempestades severas.
O Prêmio de Arte de 2014 foi para três pesquisadores que testaram como a arte afeta a percepção da dor. No experimento, eles mostraram aos voluntários obras de arte bonitas e feias, enquanto lançavam em suas mãos um poderoso feixe de laser. A conclusão? As imagens belas tinham um maior poder de desviar a atenção do indivíduo, que sentia menos dor.
Foto: Una Laurencic/Pexels
É difícil de acreditar, mas os cientistas queriam aprender mais sobre a comunicação do crocodilo chinês, então colocaram uma fêmea em uma câmara cheia de gás hélio. Ao alterar o tom de seus sons com hélio, os pesquisadores concluíram que o tamanho do corpo do animal pode ser anunciado por meio de suas vocalizações. Este artigo ganhou o Prêmio de Acústica, em 2020.
O Prêmio de Psicologia de 2020 foi para pesquisadores no Canadá. Eles conduziram um experimento sugerindo que é possível determinar se uma pessoa é narcisista por sua sobrancelha. Sobrancelhas grandes e espessas costumam ser uma pista.
O Prêmio de Física de 2019 foi para o estudo sobre como e por que as fezes dos vombates resultam em um cubo perfeito. Ao inflar o intestino dos animais, com o auxílio de um balão longo, os pesquisadores descobriram que suas paredes se estendem de maneira desigual, permitindo que as fezes ganhem um formato cúbico.
O Prêmio de Medicina em 2004 foi concedido a um pesquisador que investigou a validade científica da regra dos cinco segundos, sobre alimentos que caíram no chão e foram recolhidos rapidamente. Esse estudo inspirou mais pesquisas, mas nenhuma delas foi conclusiva.
Foto: Yelyzaveta Martynenko/Pexels