Soldado norte-coreano faz confissões surpreendentes sobre o que viveu na Ucrânia
As Forças de Operações Especiais da Ucrânia afirmam ter encontrado o diário de Gyeong Hong-Jong, um soldado norte-coreano enviado para lutar ao lado dos russos na região russa de Kursk.
O caderno oferece uma visão única sobre o treinamento, conhecimento e pensamentos do homem, supostamente, morto.
As Forças Especiais Ucranianas estão, lentamente, a traduzir e compartilhar partes do diário com meios de comunicação.
O jornal britânico The Sun descreve o primeiro trecho divulgado. Nele, o soldado escreve uma mensagem de aniversário para um amigo próximo.
“Eu, tendo deixado minha terra natal, em terras russas desconhecidas, envio parabéns pelo aniversário do meu amigo Song Ji-myung”, cita o The Sun, que descreve o gesto como uma tentativa de se agarrar à normalidade em meio ao terrível campo de batalha que o soldado enfrentou.
De acordo com o Ukrainska Pravda, outras partes do diário descrevem estratégias de guerra. Por exemplo, como caçar um drone.
Para isso, Gyeong Hong-Jong diz que seria necessário um soldado agindo como isca enquanto outros dois, à distância, tentam abater o drone.
De acordo com o Ukrainska Pravda, não está claro se esse método foi desenvolvido pelos militares norte-coreanos ou ensinado por instrutores russos.
Por fim, o soldado norte-coreano dá a entender, em seu diário, que foi enviado para lutar em solo russo por alguma suposta irregularidade.
“Defender a pátria é o dever sagrado de todo cidadão, e o maior dever é proteger a nação, que é onde reside minha felicidade”, escreve ele, conforme citado pelo Ukrainska Pradva.
“Os pecados que cometi são imperdoáveis, mas minha terra natal me deu uma chance de redenção, um novo começo na vida”, admite Gyeong. “Quando vencermos a guerra e retornarmos à nossa terra natal, enviarei uma petição ao Partido”.
De acordo com o The Sun, Gyeong tinha apenas 27 anos quando chegou na Rússia para lutar contra a Ucrânia, junto com milhares de tropas norte-coreanas.
Volodymyr Zelensky afirma que 3.000 soldados norte-coreanos foram mortos ou feridos em Kursk, de um total especulado de 12.000 que foram enviados à Rússia.
O presidente ucraniano disse também que soldados russos rotineiramente queimam o rosto de soldados norte-coreanos mortos para esconder suas identidades.
Segundo a NBC News, soldados norte-coreanos também teriam tirado suas próprias vidas em vez de serem capturados pelas tropas ucranianas.
O Pentágono revelou que isso ocorre porque eles temem duras repercussões contra suas famílias se o regime liderado por Kim Jong-un descobrir que eles foram capturados.
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