Inovadora estrutura para simular alto nível de CO2 é feita na Amazônia

Amazônia e a ciência
Como as mudanças climáticas afetarão a floresta?
Anel de CO2
Torres
Região de Manaus
Cooperação entre Brasil e Reino Unido
Potência científica na América Latina
Agosto
Resposta às mudanças climáticas
Florestas ajudam a combater as mudanças climáticas
A Amazônia
Como reage a floresta ao aumento de CO2?
Simulação do futuro
Ponto de inflexão
Sem volta
Mudança climática x desmatamento
Precisamos enfrentar os dois
Cooperação internacional
Replicável em outras áreas
Resultados do projeto
Floresta frágil?
Amazônia e a ciência

Cientistas brasileiros estão a construir uma estrutura no meio da Amazônia para um projeto que pode ajudar a prever o futuro da floresta.

Como as mudanças climáticas afetarão a floresta?

O que os cientistas pretendem saber, com o experimento, é como as mudanças climáticas afetarão a Floresta Amazônica, sua biodiversidade e os serviços ecossistêmicos que ela fornece à humanidade.

Anel de CO2

O projeto consiste na instalação de seis grandes anéis que despejam C02 na floresta. Chama-se AmazonFACE (Free Air CO2 Enrichment) ou enriquecimento de gás carbônico ao ar livre, em português.

Imagem: Dado Galdieri/AmazonFACE

Torres

Os anéis são compostos por 16 postes de alumínio com uma torre central, semelhante à da foto. Estão localizados na zona norte da mata, a 80 quilômetros ao norte de Manaus.

Região de Manaus

A pesquisa será conduzida pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) e pela Universidade de Campinas, mas não é apenas nacional.

Cooperação entre Brasil e Reino Unido

Em visita ao AmazonFACE, em maio de 2023, o ministro das Relações Exteriores, Commonwealth e Desenvolvimento do Reino Unido, James Cleverly (foto),  anunciou o aporte de 2 milhões de libras ao programa, totalizando 7,3 milhões de libras (R$ 45 milhões) de apoio, desde 2021.

Potência científica na América Latina

A ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil, Luciana Santos (foto), explicou: “O AmazonFACE é um projeto que materializa a capacidade de excelência da ciência brasileira de prover evidências científicas e contribuir com o combate às mudanças climáticas. É essa competência que nos coloca como potência científica na América Latina e um importante elo na construção das relações internacionais do Brasil”.

Agosto

Cientistas do grupo de pesquisa explicaram à Associated Press (AP) que a construção dos dois primeiros anéis ficará pronta em agosto e a estrutura completa está prevista para meados de 2024.

Resposta às mudanças climáticas

O objetivo é estudar a capacidade da floresta de absorver dióxido de carbono em níveis altos, algo que é esperados no futuro, por conta das mudanças climáticas.

Florestas ajudam a combater as mudanças climáticas

As florestas capturam dióxido de carbono e devolvem oxigênio à atmosfera, melhorando a qualidade do ar e combatendo o aumento das temperaturas. Por isso, são um dos elementos mais importantes na luta contra as mudanças climáticas.

A Amazônia

Neste sentido, a Amazônia é particularmente importante e sua destruição seria um desastre para o clima do planeta. Trata-se de uma das maiores regiões de floresta tropical do mundo: tem duas vezes o tamanho da Índia.

Como reage a floresta ao aumento de CO2?

No entanto, ainda não se sabe com clareza como a enorme floresta responderia ao aumento do nível de dióxido de carbono. O projeto AmazonFACE espera poder responder a esta pergunta.

Simulação do futuro

Para fazer isso, a equipe modificará o ambiente das plantas, aumentando o nível de concentração de dióxido de carbono na atmosfera.

Ponto de inflexão

Segundo a National Geographic, a ciência teme que a Amazônia sofra mudanças catastróficas se atingir um ponto crítico.

Sem volta

O ponto de inflexão significaria a destruição da vegetação e a perda dos serviços ecossistêmicos. Caso isso ocorra, não haveria caminho de volta.

Mudança climática x desmatamento

A discussão científica não é apenas sobre quando e como o ponto de inflexão acontecerá, mas também sobre o que o causará primeiro: desmatamento ou mudança climática.

Precisamos enfrentar os dois

Alguns pesquisadores apontam o desmatamento como o assunto mais urgente. No entanto, David Lapola, um dos cientistas do projeto, disse à Associated Press que mesmo que o desmatamento pare, a mudança climática gerada pelo aumento de emissões de carbono pode forçar o ponto de inflexão.

Cooperação internacional

“Embora parar o desmatamento continue sendo nossa responsabilidade primária (do Brasil), combater a mudança climática não é algo que os países amazônicos possam enfrentar sozinhos”, disse David Lapola, à agência de notícias.

Replicável em outras áreas

O projeto pode ser replicado em outras áreas no futuro, pois a reação da vegetação ao dióxido de carbono varia de acordo com a região da vasta floresta.

Resultados do projeto

Segundo o próprio INPA, os resultados obtidos pelo AmazonFACE serão disponibilizados à comunidade científica internacional.

Floresta frágil?

Além disso, o projeto visa compreender com mais precisão sobre o quão vulnerável é a floresta quando submetida ao aquecimento global.

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