O grande avanço científico em direção à cura do HIV
Alguns especialistas também expressaram preocupações sobre possíveis efeitos colaterais, como ressaltou o Dr. Jonathan Stoye, especialista em vírus, do Instituto Francis Crick, em Londres.
Foto: Adrian Swancar/Unsplash
Stoye afirmou à BBC que, devido às preocupações contínuas sobre os possíveis efeitos colaterais a longo prazo, mesmo se o CRISPR demonstrar eficácia, pode levar anos até que se torne uma "terapia padrão".
Neste sentido, uma empresa de biotecnologia chamada Excision BioTherapeutics afirmou ter usado a ferramenta de edição genética em três pessoas que vivem com HIV e nenhuma delas apresentou efeitos secundários, informou a MIT Technology Review.
Além disso, durante a pandemia de covid-19, as barreiras ao acesso à terapia antirretroviral cresceram ainda mais, à medida que as pessoas com HIV temiam contrair a covid-19, sabendo de sua vulnerabilidade à infecção, informou o jornal BMC.
Outro elemento que impede o acesso das pessoas à terapia é o estigma em torno do HIV, conforme indicado pela Biblioteca Nacional de Medicina. Esse estigma é tanto uma causa quanto um efeito do segredo e da negação, ambos catalisadores da transmissão do vírus e da falta de busca por tratamento.
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