Como enfrentar a menopausa?
O termo é amplamente conhecido, mas, socialmente, não se fala muito sobre o tema. Você sabe o que é a menopausa?
A menopausa é uma fase natural na vida de uma mulher, marcada pelo fim dos ciclos menstruais e da capacidade reprodutiva. Geralmente, ocorre entre os 45 e 55 anos, mas pode variar em cada pessoa.
Os dados do Estudo Brasileiro de Menopausa, realizado em 2022, apontaram que, no Brasil, a idade média para entrar em menopausa é aos 48 anos, informou a coluna do médico Drauzio Varella, no Uol.
Já nos Estados Unidos, a idade média em que as mulheres atingem a menopausa é 52 anos, segundo a National Geographic. Antes disso, por volta dos 40 anos, é chamada de menopausa precoce.
É comum que o termo menopausa seja usado para designar todo o processo, embora, tecnicamente, denote apenas o momento em que a mulher já parou totalmente de ovular e de menstruar.
Esse período de transição, conhecido como climatério, provoca sintomas desagradáveis e, muitas das vezes, as mulheres têm dúvidas de como enfrentá-los.
Mas antes de lidar com os sintomas, é importante entender o que acontece com o próprio corpo, já que faz parte de uma longa fase da vida.
Durante o climatério, os níveis hormonais, como estrogênio e progesterona, diminuem. Isso ocorre porque as estruturas que abrigam os óvulos, responsáveis pela produção de hormônio, esgotam-se, pouco a pouco.
“Quando essa reserva de folículos termina, a mulher deixa de ovular e o processo de menopausa começa”, explicou o Dr. Luciano de Melo Pompei, ginecologista e presidente da Comissão de Climatério da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, à coluna de Drauzio Varella.
Um dos primeiros sintomas de que começou a fase de transição hormonal é a irregularidade nas mentruações. Mas o processo é lento e pode durar até sete anos, antes de que a mulher pare de menstruar completamente.
Durante esse etapa, a fertilidade diminui, embora a ovulação e a gravidez ainda seja possível, de acordo com a Sociedade Estadunidense de Menopausa. Por isso, os especialistas recomendam o uso contínuo de contraceptivos, publicou a National Geographic.
As ondas de calor são muito frequentes nesa etapa da vida. Podem aparecer em diversas regiões do corpo, como colo, rosto e pescoço, e variam em intensidade. Em determinadas situações, as ondas de calor dão a sensação de sufocamento, acompanhada de vermelhidão no rosto.
Segundo a National Geographic, 80% das mulheres dizem sofrer com este sintoma, que pode durar de um a cinco minutos e ocorrer várias vezes ao dia.
As variações da sensação térmica do corpo acontecem também durante a noite. Por isso, muitas mulheres relatam ter dificuldades para dormir.
Irritabilidade, depressão e acessos de choro também são comuns nesta etapa. As mulheres que experimentaram tais sintomas durante seus ciclos menstruais ou depois de dar à luz são mais propensas a desenvolvê-los no climatério.
A queda hormonal faz com que o apetite s e x u a l diminua, além de causar, por vezes, um ressecamento na região da v a g i n a.
Outra tendência é o ganho de peso, já que, com menos hormônios, o metabolismo passa a funcionar de maneira mais lenta.
De acordo com a associação de RH, Society for Human Resource Management, até 2030, o número de mulheres na menopausa e pós-menopausa deverá chegar a 1,2 bilhão (em esca americana), com 47 milhões novas mulheres a cada ano, informou a Forbes.
Segundo a mesma revista, nos EUA, 20% da força de trabalho passa, atualmente, pela menopausa.
Mas falar sobre isso é um problema, principalmente dentro das empresas, onde a mulher tem de lidar com sintomas fisiológicos desafiadores.
Em março de 2022, em Londres, foi introduzida a licença-menopausa para as funcionárias da prefeitura, garantindo espaços de trabalho inclusivos, com áreas com temperatura controlada, relatou a Forbes.
Enquanto a sociedade muda lentamente e começa a dar o apoio necessário para as mulheres nesta etapa da vida, há algumas medidas que minimizam o mal estar físico.
Uma dieta rica em cálcio e vitamina D é essencial para a saúde óssea das mulheres maduras, já que, na menopausa, este elemento é mais escasso.
Além disso, atividades físicas regulares ajudam a manter a saúde cardiovascular, controlar o peso e melhorar o humor.
Para quem sofre com irritabilidade e falta de sono, práticas como ioga, meditação e respiração profunda podem ajudar a reduzir o estresse e melhorar o sono.
Em alguns casos, a terapia de reposição hormonal pode ser prescrita para aliviar sintomas graves, mas isso deve ser feito sob orientação médica, considerando os riscos e benefícios.
É importante ressaltar que cada mulher experimenta a menopausa de maneira única, e o tratamento deve ser personalizado, de acordo com suas necessidades individuais. Consultar um profissional de saúde é crucial para avaliar a situação e determinar a melhor abordagem para enfrentar a menopausa.