A incrível história de Malala Yousafzai, a menina que desafiou o Talibã
De ativista no Paquistão a ícone global, Malala Yousafzai sobreviveu a um ataque talibã e tornou-se a pessoa mais jovem a receber o Nobel da Paz. Recentemente, atuou como produtora executiva de um curta-metragem indicado ao Oscar em 2023.
Malala Yousafzai nasceu em 12 de julho de 1997, em Mingora, no distrito de Swat, Paquistão, em uma família muçulmana sunita de etnia pashtun. Desde a infância, sua vida foi marcada pelo compromisso com a educação, incentivado por seu pai, Ziauddin Yousafzai, que dirigia uma escola e defendia a igualdade de educação para todos.
Em 2007, os talibãs tomaram o controle do Vale do Swat, destruindo cerca de 170 escolas, executando professores e impondo restrições severas, forçando as mulheres a permanecerem em casa, conforme um relatório militar paquistanês e diversas fontes jornalísticas.
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Aos 11 anos, Malala Yousafzai começou a escrever um blog anônimo e a enviá-lo para a BBC, desafiando o regime talibã. Sob o pseudônimo 'Gul Makai', ela relatou as dificuldades das meninas em sua comunidade, tornando-se uma voz corajosa em defesa da educação e dos direitos humanos.
O ativismo de Malala a tornou famosa no Paquistão, onde passou a fazer discursos e participar de protestos em defesa da educação para meninas. Em 2011, recebeu o primeiro Prêmio Nacional da Juventude pela Paz, concedido pelo governo paquistanês, que, mais tarde, foi renomeado como 'Prêmio Malala'.
Em 2011, ela foi indicada ao Prêmio Internacional da Paz Infantil, da KidsRights Foundation.
Sua crescente notoriedade como ativista pela educação das meninas atraiu a ira dos talibãs, levando seu nome à lista de alvos do grupo.
Segundo o jornal El Mundo, Malala exclamou surpresa: "Mas eu sou apenas uma menina! Eles não atacariam uma menina, certo?" No entanto, em 9 de outubro de 2012, aos 15 anos, ela foi baleada na cabeça enquanto voltava da escola para casa.
Após o ataque, Malala Yousafzai foi hospitalizada em Peshawar e transferida para Islamabad, antes de ser levada para Birmingham, na Inglaterra. Lá, acordou de um coma induzido e, ao recobrar a consciência, disse: "Abri os olhos e vi que estava em um hospital. Agradeci a Deus por me dar uma nova chance de vida".
A tentativa de assassinato chocou tanto a comunidade nacional quanto a internacional, gerando uma onda de apoio a Malala Yousafzai. Na imagem, meninas paquistanesas oram pela sua recuperação.
Após o ataque a Malala Yousafzai, líderes nacionais e ativistas dos direitos humanos no Paquistão condenaram o ato de violência. O incidente uniu diversas comunidades em apoio a Malala e à educação, com manifestações e petições por um ambiente seguro para meninas.
Após várias operações para restaurar a audição e reparar um nervo facial, Malala Yousafzai deu um passo importante na recuperação. Aos 16 anos, celebrou seu aniversário com um discurso inspirador na Assembleia das Nações Unidas, em Nova York, reafirmando sua determinação em defender o direito à educação para todas as crianças.
No mesmo ano, criou o Fundo Malala, uma organização internacional sem fins lucrativos que promove a educação de meninas globalmente. O Fundo apoia defensores e ativistas em diversos países, incluindo Afeganistão, Brasil, Etiópia, Índia, Líbano, Nigéria, Paquistão e Turquia, combatendo as barreiras ao acesso escolar para meninas. Na imagem, Malala participa do evento Educação 2030 na ONU, em Nova York, em 2017.
No mesmo ano, Malala publicou sua autobiografia, “Eu Sou Malala: A Jovem que Lutou pela Educação e Foi Baleada pelo Talibã”. Na imagem, ela entrega uma cópia do livro à Rainha Elizabeth II e ao Príncipe Philip, Duque de Edimburgo, durante uma recepção em Londres.
Aqui, ela recebe o prêmio de Embaixadora da Consciência da Anistia Internacional de Bono em 2013, durante uma cerimônia na Mansion House de Dublin.
Seu pai, Ziauddin Yousafzai (foto), também foi condecorado. Na imagem, podemos vê-lo ao receber o prêmio de Sylvie Le Bon de Beauvoir.
Quando tinha 16 anos, em 2013, ela recebeu o Prêmio Sakharov para os Direitos Humanos da União Europeia, tornando-se a mais jovem a receber a honraria.
Como se não bastasse, em setembro, Malala recebeu o Prêmio Internacional da Paz para Crianças no Ridderzaal em Haia, na Holanda. Na ocasião, o ativista iemenita Tawakkul Karman, ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 2011, entregou-lhe o prêmio.
Em 2014, Malala Yousafzai recebeu o Prêmio Nobel da Paz, compartilhado com o ativista indiano Kailash Satyarthi. Aos 17 anos, ela tornou-se a pessoa mais jovem a ser agraciada com esse prestigiado prêmio.
Em 2018, palestrou para mais de 6 mil pessoas no ICC Sydney Theatre, na Austrália.
Em 2021, Malala Yousafzai casou-se com Asser Malik, empresário e diretor do Pakistan Cricket Board, em uma cerimônia íntima em Birmingham, Reino Unido, onde reside.
Em 2023, a jovem paquistanesa foi produtora executiva e embaixadora do curta-metragem indicado ao Oscar 'Stranger at the Gate'. Em um comunicado da TF1 Info, ela descreveu o filme como uma "poderosa história de perdão e redenção" e expressou a esperança de que ele inspire os espectadores a desafiar preconceitos e praticar a compaixão.
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