Consumo de álcool cresce entre as brasileiras: saiba causas e consequências!

Mulheres bebem mais
Pesquisa Nacional de Saúde
O consumo de álcool entre as mulheres
E os homens?
Quais as causas do maior consumo de álcool no público feminino?
Emancipação feminina
Os papéis da mulher na sociedade
Mortes atribuíveis ao álcool
A bebida e as brasileiras
Abuso do álcool
Quanto é o consumo moderado de álcool?
Os tipos de bebida
Álcool em exagero
Mulheres têm um organismo mais suscetível
A biologia feminina
Risco de câncer
O que leva as pessoas a beber?
Beber é um ato cultural
O contexto importa
O estudo qualitativo feito no Brasil
Como controlar o consumo de álcool
Quando foi o primeiro contato com o álcool?
Quando o álcool passa a ser nocivo?
E a dependência do álcool, quais os sintomas?
Meta da OMS: reduzir o consumo de álcool em 10%
Álcool faz mal à saúde
Mulheres bebem mais

O aumento do consumo de álcool entre mulheres brasileiras aumentou na última década, atingindo seu pico em 2020, durante a pandemia da covid-19.

Pesquisa Nacional de Saúde

O fenômeno, na verdade, já havia sido apontado em dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), coletados nos anos de 2013 e 2019, pelo Ministério da Saúde, em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Foto: Pixabay

O consumo de álcool entre as mulheres

Segundo o levantamento da PNS, 17% das mulheres adultas disseram ter bebido, em média, uma ou mais vezes por semana, em 2019. O número é maior do que o de 2013, que foi de 12,9%.

E os homens?

Entre os homens, embora o percentual seja bem maior, o crescimento não foi tão alto.

Quais as causas do maior consumo de álcool no público feminino?

Por que será que as mulheres estão bebendo mais?

Emancipação feminina

Por um lado, elas vêm conquistando uma emancipação social e têm maior liberdade de fazer suas escolhas, sendo menos estigmatizadas que antes.

Os papéis da mulher na sociedade

Por outra parte, há o acúmulo de funções e o consequente aumento de pressão sobre elas, fazendo com que se sintam sobrecarregadas.

Mortes atribuíveis ao álcool

Informações do CISA (Centro de Informações sobre Saúde e Álcool) também revelaram um quadro preocupante. Mais de 23% dos óbitos atribuíveis ao álcool, em 2020, foram femininos. Destes, 71% foram de de mulheres com 55 anos ou mais.

A bebida e as brasileiras

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2018), 1,6% das mulheres brasileiras praticam o uso abusivo do álcool ou são dependentes.

Abuso do álcool

Conforme estipulado pela própria OMS, o consumo abusivo significa tomar quatro ou mais doses em um único episódio.

Quanto é o consumo moderado de álcool?

Já o consumo moderado equivale a uma dose em um único dia ou 7 doses por semana, para as mulheres, e 2 doses em um único dia ou 14 doses semanais, para os homens.

Os tipos de bebida

De acordo com o CISA, "no Brasil, 1 dose de
bebida equivale a 14g de álcool puro, o que corresponde a 350 ml de cerveja (5% de álcool), 150 ml de vinho (12% de álcool) ou 45 ml de destilado (vodca, uísque, cachaça, gin, tequila, com 40% de álcool)".

Álcool em exagero

A revista Marie Claire citou a pesquisa do CISA, revelando que, no Brasil, apesar de ainda estar abaixo do índice dos homens, o consumo feminino exagerado de álcool cresce ano a ano. No total, 25% dos homens e 12,7% das mulheres, acima de 18 anos, disseram ter abusado da substância.

Mulheres têm um organismo mais suscetível

O fato é que o organismo das mulheres é mais vulnerável aos efeitos do álcool, de acordo com o psiquiatra Arthur Guerra de Andrade, presidente da CISA, citado pela revista Galileu.

Foto: Unsplash / sydney sims

A biologia feminina

Isto porque o corpo das mulheres e sua composição biológica é diferente da dos homens. Como elas possuem menos água corporal e menos enzimas no fígado, responsáveis por fazer o metabolismo do álcool, o nível da substância no sangue fica mais concentrado, levando a possíveis problemas de saúde de forma precoce.

Risco de câncer

Além disso, o alto consumo de álcool entre as mulheres pode aumentar o risco de câncer de m a m a e alterar negativamente a fertilidade. Segundo o CISA, também há risco de desenvolver efeitos colaterais na menopausa, se houver algum tipo de tratamento com a terapia hormonal.

O que leva as pessoas a beber?

Mas o ato de beber é um fenômeno cultural, socialmente aceito e ligado a atividades corriqueiras. Cada cultura adota regras e significados diferentes para o consumo do álcool, a depender de como funciona aquela sociedade.

Beber é um ato cultural

Por isso, quando avaliamos o ato de beber, é importante levar em consideração fatores como o tipo de bebida, a frequência e a situação em que é consumida, com quem o indivíduo compartilha o momento e que significado aquele brinde tem para a ocasião.

O contexto importa

Segundo o CISA, a análise das características contextuais é muito importante, sobretudo para a formulação de políticas públicas.

O estudo qualitativo feito no Brasil

Em 2022, a pedido do CISA, o IPEC (Inteligência em Pesquisa e Consultoria) fez um relatório sobre as motivações que levam os brasileiros a beberem. Para isso, os pesquisadores ouviram homens e mulheres (acima de 18 anos), das classes A, B e C, considerados "bebedores moderados ou abusivos", das cidades de São Paulo, Fortaleza e Porto Alegre.

Como controlar o consumo de álcool

Uma das entrevistadas, moradora de São Paulo, entre 35 e 45 anos, disse à IPEC como consegue parar ou diminuir o consumo: “Eu controlo quando percebo que estou chegando ao meu limite. Eu falo: ‘Opa’. Eu bebo água, às vezes dou uma paradinha de leve ou tomo água tônica com limão. Dou uma segurada e, depois, continuo de leve”.

Quando foi o primeiro contato com o álcool?

Na maioria dos casos, as pessoas relataram que o primeiro gole de álcool aconteceu com amigos, na adolescência, ou em festas familiares, em casa. Uma moradora de São Paulo, entre 18 e 25 anos, revelou: “Eu acho que comecei com 14, 15 anos. Foi num churrasco com uns amigos da escola. Eu tomava vodka com sabor, algo sempre com sabor, que não tinha muito gosto de álcool, inicialmente.”

Quando o álcool passa a ser nocivo?

De acordo com um panorama feito pelo CISA, entitulado "O álcool e a saúde dos brasileiros", o uso da substância passa a ser prejudicial quando o padrão de consumo está ligado a um maior risco de propiciar comportamentos sociais negativos ou  causar danos à saúde, tanto para quem consome quanto para quem está próximo.

E a dependência do álcool, quais os sintomas?

Já o alcoolismo é uma doença crônica gerada por múltiplos fatores. Trata-se de um um conjunto de fenômenos comportamentais, cognitivos e fisiológicos que se desenvolvem após o uso repetido de álcool.

Foto: Unsplash/ annie spratt

Meta da OMS: reduzir o consumo de álcool em 10%

Devido à gravidade da situação, a OMS estipulou uma meta de redução de 10% do consumo de álcool, até 2025.

Álcool faz mal à saúde

A estratégia mundial pretende reduzir a os danos e a mortalidade causadas pelo uso nocivo de álcool, bem como suas consequências sociais. Para isso, serão feitas ações comunitárias, conscientização, medidas políticas sobre o ato de dirigir sob efeito do álcool e controle do marketing de bebidas alcoólicas.

Foto: Unsplash/ helena lopes

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