Crise migratória na Espanha: 8 mil africanos chegam pelo mar, de uma só vez

Um grande avanço surpresa
Exército solicitado
Devoluções
O que aconteceu?
Uma retaliação?
Atos que têm consequências
O trabalho do Exército em Ceuta
Solidariedade com as vítimas
Perseguições na praia
A viagem
Não é uma nova Marcha Verde
A situação se acalma
Contexto sanitário
Um problema europeu
Crise sem precedentes
Esperando a tempestade diminuir
Um grande avanço surpresa

Na última segunda-feira (17), primeiro aos poucos e depois em massa, milhares de pessoas atravessaram ilegalmente a fronteira entre a Espanha e o Marrocos e chegaram ao território de Ceuta. Entre elas, jovens e também famílias inteiras de diversas partes da África.

Os imigrantes viajavam em canoas e muitos deles pularam na água e nadaram até a praia El Tarajal, em Ceuta, a poucos metros do território marroquino.

Exército solicitado

O governo espanhol enviou unidades do Exército, além de policiais civis e militares à região para tentar conter o desembarque. Mas, nas primeiras horas da onda humana, foi praticamente impossível.

Devoluções

Em menos de 24 horas, chegaram cerca de 8 mil pessoas, sendo 1.500 delas menores de idade. Segundo o Ministério de Interior da Espanha, mais da metade já foi devolvida a seus países. A forma como realizou-se o procedimento não foi esclarecida.

O que aconteceu?

Conflitos diplomáticos entre os dois países e o relaxamento da polícia marroquina na liberação de tantas pessoas com destino à fronteira de Ceuta levaram a esta situação.

Uma retaliação?

Na opinião de Juan Jesús Vivas, presidente de Ceuta, que é uma cidade autônoma de 18km quadrados, a hospitalização na Espanha de Brahim Gali, líder da Frente Polisario, com quem Marrocos mantêm um conflito pelo Saara, há mais de 40 anos, causou uma "mudança de atitude" do governo marroquino.

Atos que têm consequências

É possível que tenha sido este descontentamento por parte do país africano a que se referia a embaixadora marroquina na Espanha, Karima Benyaich: “Há atos que têm consequências e devem ser assumidos”.

O trabalho do Exército em Ceuta

As imagens que chegam de Ceuta contêm muitos elementos. São trágicas e, ao mesmo tempo, comoventes. O Exército ajudou os mais fracos e salvou crianças e famílias de se afogarem.

Solidariedade com as vítimas

As lágrimas dos imigrantes misturaram-se com as dos voluntários da Cruz Vermelha que os abraçaram e acolheram em território espanhol.

Perseguições na praia

Na imagem, vemos como a praia virou um cenário de perseguição e nervosismo.

A viagem

O cansaço dos imigrantes era visível. Pouco se sabe das condições pessoais de cada um para que decidissem apostar, desesperadamente, nesta perigosa aventura. Vários foram acolhidos em espaços habilitados em Ceuta.

Não é uma nova Marcha Verde

Alguns meios de comunicação definiram o ocorrido em Ceuta como a nova “Marcha Verde”, em alusão à reivindicação pacífica de milhares de pessoas para que a Espanha liberasse o Saara, em 1975.

A situação se acalma

Na terça-feira (19), tudo parecia ter se acalmado um pouco. O Marrocos voltou a proteger sua fronteira e impedir a passagem de quem tentasse chegar à Espanha, sem permissão.

Contexto sanitário

Desta vez, a saída de imigrantes do Marrocos contrasta com a decisão do governo de fechar suas fronteiras em março de 2020 como medida preventiva contra a covid-19.

Um problema europeu

O fato é que esta crise humanitária afeta não apenas a Espanha, mas também a Europa. Ceuta e Melilla (a outra cidade autônoma espanhola) são fronteiras muito castigadas pela imigração ilegal.

Crise sem precedentes

O que aconteceu é inédito, ao ter em conta o grande número de pessoas que chegaram, desta forma e de uma só vez, à Ceuta.

Esperando a tempestade diminuir

Resta esperar que esta tempestade diplomática entre os países vizinhos seja controlada.

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