O país que, se atacado pela Rússia, deixaria toda a Europa sem energia

Recentemente, um tenente-general e deputado russo aliado a Putin, chamado Andrey Gurulyov, fez declarações assustadoras em um programa de televisão.

Conforme relatado pela Newsweek, ele disse que a Rússia deveria atacar os Países Baixos com uma bomba nuclear, causando inundações massivas no país, através da destruição das suas numerosas barragens e diques.

O cenário levaria à destruição de quase todas as instalações energéticas da Europa. O apresentador Vladimir Solovyov, do programa de televisão 'Evening With Vladimir Solovyov', no canal Russia 1, não hesitou em escutar tudo o que Andrey Gurulyov (foto) tinha a dizer.

Foto de Андрей Кречетов - Сфотографировали в Кабинете, Wikimedia Commons

Gurulyov explicou que entre 50 e 60% do abastecimento de hidrocarbonetos da Europa pode ser encontrado nos Países Baixos. "Imagine, na costa! Os militares chamam isso de alvo gordo", acrescentou.

Foto: Rússia1, Youtube

Segundo um artigo da Newsweek, assinado por Brendan Cole, embora não esteja claro de onde Gurulyov obteve seus dados, é verdade que "Roterdã é uma porta de hidrocarbonetos pela qual passam 13% de toda a energia da Europa".

Gurulyov deixou claro que a Rússia sabe exatamente o que fazer para esmagar a Europa: "Compreendemos perfeitamente como infligir danos criticamente inaceitáveis para colocar a Europa de joelhos."

O tenente-general afirmou ainda que esta operação poderia ser concluída num único dia e, dificilmente, afetaria o stock nuclear russo.

"Com um consumo mínimo de armas nucleares, não só destruiríamos o refino de petróleo, os Países Baixos também!", continuou.

"As barragens vão cair de uma vez, tudo vai ser inundado. Estou lhe dizendo a 100% que depois disso, tudo estará completamente morto na Europa", afirmou Gurulyov.

Conforme relatado pela Newsweek, o âncora Vladimir Solovyov pediu a Gurulyov que esclarecesse se ele realmente achava que um ataque nuclear dessa natureza era necessário, ao que Gurulyov respondeu: "Com certeza. Acho que precisamos mostrar nossa determinação - o que há para temer?"

As ameaças aos Países Baixos podem estar relacionadas à recente decisão do país de  permitir que a força aérea ucraniana utilize os seus 24 caças F-16 para conduzir ataques aéreos contra a Rússia.

Só podemos esperar que o Kremlin nunca cumpra estas e tantas outras ameaças que tem feito desde que invadiu a Ucrânia.

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