Saiba se já vive um "Divórcio do Sono" com seu parceiro!
As relações mudaram e, nos últimos tempos, alguns casais têm optado por dormir em lugares separados, embora mantenham o relacionamento. Parece estranho, mas alguns psicólogos argumentam a favor!
Atualmente, vivemos em uma sociedade que, cada vez mais, pensa em seu próprio bem-estar, e o "Divórcio do Sono" é um fenômeno com este objetivo.
Segundo Stephanie Collier, psiquiatra do Hospital McLean e professora de Medicina na Universidade de Harvard, disse que o fenômeno, geralmente, começa como uma solução temporária para aliviar crises no relacionamento.
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No entanto, muitos casais descobrem que esta separação melhora sensivelmente a qualidade do seu descanso e, portanto, o bem-estar da relação.
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De acordo com uma pesquisa recente da Academia Americana de Medicina do Sono (AASM), mais de 33% das pessoas dormem ocasionalmente ou com frequência em um quarto separado de seu parceiro.
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Em um relacionamento heterogêneo, é mais frequente que os homens sejam os voluntários a ir dormir no sofá ou no quarto de hóspedes (45%), em comparação com as mulheres (25%).
Uma investigação realizada pela Academia Americana de Medicina do Sono (AASM), em 2023, revela que a tendência se acentua entre os millennials (a geração que, hoje, tem entre 30 e 40 anos), já que 43% revelou que dorme separado do parceiro.
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A lista é seguida pela geração X (nascidos entre 1965 e 1980), com 33%. Logo, vêm os jovens da geração Z (nascidos entre 1997 e 2012), com 28%; e por fim os baby boomers (nascidos entre 1946 e 1964), com 22%.
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Compartilhar a cama com seu ente querido é um momento especial do dia para alguns, mas, para outros, pode ser desconfortável ou problemático. Algumas celebridades, como Victoria e David Beckham ou Melania e Donald Trump, optaram por dormir em quartos separados.
Na Europa vitoriana do século XIX, especialmente na alta sociedade, era comum os casais dormirem em quartos separados, para preservar a privacidade. A ideia das camas individuais foi promovida para garantir que o parceiro mais forte tivesse uma cama adequada, algo que era considerado vital para a sua saúde física e mental.
O defensor da medicina alternativa dos anos 1920, Edwin Bowers, defendia que as camas separadas são tão indispensáveis quanto um prato individual para sua refeição. “Elas promovem o conforto, a limpeza e a delicadeza natural que existe entre os seres humanos”, escreveu, em artigo publicado pelo pyjamasurf.com.
No entanto, a partir da década de 1950, as camas separadas eram consideradas um símbolo inequívoco do fracasso no casamento.
Nas sociedades ocidentais, partilhar a cama tornou-se um símbolo emblemático da vida a dois, simbolizando compromisso, intimidade e vínculo emocional. Pesquisas recentes revelaram que, quando há compatibilidade no casal, dormir junto pode reduzir os níveis do hormônio do estresse e aumentar os da felicidade.
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Porém, é importante avaliar tanto os benefícios quanto as possíveis desvantagens, lembrando que devemos cuidar também de nossas necessidades e individualidades.
Segundo um artigo publicado no Les Echos, a epidemia da falta de sono tornou-se um grave problema de saúde. O recente Prêmio Nobel de Medicina foi atribuído a uma equipa de cientistas por seu trabalho sobre os princípios que regem o nosso relógio biológico.
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No estudo, foi observado um declínio acentuado na qualidade do sono, com a perda de aproximadamente 60 noites de sono por ano, nos últimos 70 anos.
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Além disso, é preocupante observar a redução no número de horas de sono, pois na década de 1950, os adolescentes dormiam, em média, nove horas por noite, enquanto, hoje, mais de 70% deles dormem menos de cinco horas por noite.
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Mas há alternativas ao "Divórcio do Sono". O método escandinavo, por exemplo, envolve compartilhar o colchão, mas com edredões diferentes. Outra alternativa são as camas com dois colchões individuais, permitindo que os casais atendam às suas necessidades de sono, sem estar fisicamente separados durante a noite.
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Os casais podem escolher dormir separados por diversas razões, como horários de sono diferentes, ronco, movimentação na cama, necessidade de espaço pessoal ou problemas de saúde, que requerem condições específicas de descanso.
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Diferentes padrões e preferências de sono podem afetar a dinâmica de um relacionamento. Embora o termo "Divórcio do Sono" pareça radical, dormir em quartos separados pode tanto enfraquecer como fortalecer o vínculo, dependendo da situação de cada casal.
“O sono é a base da nossa saúde mental”, disse o Dr. Albers, em um artigo publicado pela Cleveland Clinic. A pesquisa mostrou que melhorar a qualidade do sono pode melhorar a depressão, a ansiedade, o estresse e até a psicose.
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Além disso, o estudo indicou que “quando estamos bem descansados, nossa comunicação funciona melhor, interagimos melhor e temos melhor intimidade”, acrescentou.
A escolha consciente de como queremos dormir fortalece o relacionamento, ao transformar a comunicação, o afeto e a intimidade em decisões mútuas.
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Embora dormir separados possa ter múltiplas vantagens, alguns casais experimentam uma distância emocional, que afeta sua vida romântica, enquanto outros vivem uma experiência solitária. A decisão de dormir ou não separado deve ser uma decisão comum e ambos devem estar dispostos a resolver os problemas que possam surgir.
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É importante agendar um tempo para discutir com seu parceiro se a experiência é positiva para os dois. De fato, para neutralizar a potencial falta de intimidade, recomeda-se reservar espaço na agenda, com o objetivo de manter a conexão emocional.
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O sono é essencial para o nosso bem-estar físico e mental e a sua falta pode impactar os nossos relacionamentos. Por esta razão, muitos casais optam por dormir em quartos separados, apesar do estigma associado ao “Divórcio do Sono”.
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