Documento russo desclassificado coloca México contra Estados Unidos: "Que eles sintam a ameaça"

A interferência russa no México
Donald Trump
Candidato A é Donald Trump
Comparações
Partido maleável
Ameaça
Estratégia consistente
Espionando os Estados Unidos
Propaganda para minar os EUA
Sheinbaum convidou Putin para sua posse
Nota diplomática
A interferência russa no México

Um documento recentemente desclassificado revela informações preocupantes sobre a interferência russa no México. É o que aponta a coluna de opinião Cuarto Poder, da jornalista independente mexicana Dolia Estévez, no portal Eje Central.

"Antiamericanismo"

A jornalista afirma que o governo dos EUA identificou uma estratégia russa para “incitar o antiamericanismo, explorar o ‘ressentimento existencial’ pela perda de metade do território e criar a ‘percepção de ameaça’”.

Donald Trump

O objetivo? Ampliar as chances de Donald Trump (que o documento indica como “parceiro” da Rússia) ser eleito nas eleições de 5 de novembro de 2024.

"Políticas russófilas"

A ideia é também criar “políticas russófilas e pró-soviéticas” que sejam “assimiladas pela cultura mexicana”. Isso seria atingido, como afirma Dolia Estévez, “com o apoio do Morena e a participação do Partido Comunista do México e de outros ‘grupos patriotas’ não identificados no documento”.

"Candidato A"

Já no título do documento, revelado por Estévez, as intenções russas são explícitas: “Um passe mexicano para o Candidato A – projeto de participação por proxy na campanha de novembro de 2024”.

Candidato A é Donald Trump

Aqui, o “Candidato A” é Donald Trump, quem, segundo o documento, poderia se beneficiar de um aumento das tensões entre o México e os Estados Unidos.

Comparações

O documento também classifica o Morena, de López Obrador e Claudia Sheinbaum, como um partido “semelhante ao partido Rússia Unida de Putin”.

Partido maleável

Estévez reforça que os russos o consideram um partido maleável e manipulável, com “tendências antiamericanas, promotores da desdolarização e da reorientação econômica” nas suas fileiras.

Ameaça

Na última frase, o documento elaborado pela Social Design Society (DSA), empresa pertencente ao conglomerado de propaganda financiado pelo Kremlin chamado Döppelganger, afirma: “Chegou a hora de os Estados Unidos sentirem que estão sob ameaça de um país de 130 milhões de habitantes que finalmente está acordando."

Estratégia consistente

Segundo o El Periódico, a estratégia detalhada no documento é consistente com declarações recentes de altos líderes políticos do Kremlin e com fatos concretos, como a grande presença de diplomatas russos na Cidade do México.

Espionando os Estados Unidos

Uma reportagem da NBC News indica que este elevado número de diplomatas russos no México preocupa os Estados Unidos.

Propaganda para minar os EUA

O país acredita que isto visa reforçar as operações de inteligência do Kremlin dirigidas aos Estados Unidos, bem como os seus esforços de propaganda destinados a minar Washington e a Ucrânia.

Sheinbaum convidou Putin para sua posse

Vale lembrar que, pouco menos de dois meses antes de assumir como presidente mexicana, Claudia Sheinbaum enviou um convite a Vladimir Putin para a sua cerimônia de posse.

Nota diplomática

Com a polêmica criada, Sheinbaum afirmou que não se tratava de um “convite formal”, mas de uma “nota diplomática” enviada a todos os países com os quais o México mantém relações bilaterais. No fim das contas, Putin não compareceu à cerimônia.

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