Doenças que podem ser transmitidas através do beijo
O beijo é um troca de carinho comum em muitas culturas, que costuma ser vivenciado por pessoas com vínculos afetivos.
Como o hábito de beijar é amplamente aceito na nossa sociedade, muitos se esquecem de que a troca de saliva também pode ser uma via de transmissão de doenças.
Continue na galeria para saber as principais doenças que podem ser contraídas pelo beijo, além de curiosidades culturais sobre esta forma de afeto!
Conhecida como a “doença do beijo”, sua infecção é causada pelo vírus Epstein-Barr. A pessoa contaminada pode sentir fadiga, dor de garganta, tosse e inchaço nos gânglios. A doença também pode não apresentar sintomas.
A transmissão ocorre principalmente no período de incubação, que dura de 30 a 45 dias, mas vale lembrar que o vírus da Mononucleose permanece no corpo para o resto da vida, já que a doença não tem cura.
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Beijar ou compartilhar copos e talheres é a forma mais comum de contágio do Herpes. Sua transmissão é difícil de ser evitada, já que nem sempre há indícios aparentes da presença do vírus.
Isto porque, mesmo que os ferimentos na boca já tenham sarado, ainda há chances de infeccão. Uma vez contaminada, a pessoa terá de conviver com o vírus para sempre, mas as lesões decorrentes da doença tendem a aparecer somente quando a imunidade está baixa.
A gripe H1N1 afeta o trato respiratório e pode levar a complicações graves. Mas a transmissão da doença, também conhecida como gripe suína, está estável, embora ainda não tenha sido erradicada. Uma pessoa pode ser contaminada através de uma simples gotícula de espirro, então imagine o que aconteceria com um beijo!
De natureza parecida, a covid-19 segue os mesmos padrões de transmissão, podendo ser evitada com a higienização das mãos, bem como evitar tocar olhos, nariz, boca e, claro, o contato entre lábios.
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Nem todos sabem, mas a sífilis, que é uma doença infecto-contagiosa, pode ser transmitida pelo beijo, se a pessoa que estiver contaminada tiver alguma ferida na boca. Entretanto, a forma de contágio mais frequente é a s e x u a l.
A doença é causada por uma bactéria chamada treponema pallidum. Na fase inicial, aparecem pequenas lesões localizadas na boca ou na região íntima que, caso não sejam tratadas, podem evoluir para uma doença crônica, comprometendo o sistema nervoso central e cardiovascular, bem como pele e ossos.
Segundo a coluna do Dr. Drauzio Varella, no site Uol, "o tratamento é feito com antibióticos, especialmente penicilina e a maneira mais segura de prevenir a doença é o uso de preservativos durante as relações s e x u a i s".
A cirurgiã-dentista Bruna Conde, de São Paulo, disse à revista Metropoles: “Fique atento a alterações de hálito, bochechas, língua e lábios. Não se fixe somente em dentes brancos, pois existem bocas esteticamente bonitas que tem a higiene bucal em péssimo estado”.
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Interessados pelo comportamento social dos indivíduos, pesquisadores decidiram fazer um estudo para saber se o beijo é algo essencialmente humano. O resultado é surpreendente.
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Publicado na revista American Anthropologist, o estudo abordou 168 culturas diferentes, em todo o mundo, com o objetivo de investigar a presença ou ausência do beijo s e x u a l romântico.
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O impressionante resultado apontou que, em 54% das culturas pesquisadas, não havia evidência de beijo romântico. É difícil de acreditar, mas, em outras culturas, o beijo não representa um sinal de afeto ou vínculo. Na verdade, sequer há qualquer sinal de beijo.
De acordo com a revista Galileu, os pesquisadores não sabem por que o beijo está presente em algumas culturas e em outras não. No entanto, encontraram uma correlação entre o beijo e a estratificação social.
Ao investigar a diferença entre as sociedades com ou sem beijo, os pesquisadores descobriram que, nas mais estratificadas e complexas, o beijo romântico está presente, enquanto nas mais simples, não.
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"Suspeitamos que talvez o etnocentrismo ocidental, ou seja, a crença de que nossos comportamentos prazeroso sejam algo essencialmente humano, possa levar a crer que o beijo romântico é universal", explicam os autores do artigo.
Publicado em 2015, o estudo foi a primeira tentativa de usar uma grande amostra cultural e etnográfica seletiva, para documentar a presença ou ausência do beijo s e x u a l romântico.
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O importante é evitar o contato labial quando a pessoa apresenta alguma infecção na boca ou esteja com aftas e feridas. Além disso, é recomendável conversar com o parceiro ou parceira sobre sua saúde e procurar um médico para revisões periódicas. Hábitos saudáveis, beijos liberados!