Em experimento, cientistas eliminam células metastáticas
Cientistas do Instituto de Pesquisa em Biomedicina (IRB), na Espanha, conseguiram descobrir as células malignas responsáveis pela recaída do câncer de cólon. O resultado do estudo é esperançador para a luta contra a metástase.
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A metástase ocorre quando o câncer dissemina-se para outras partes do corpo, além do local onde começou. As células cancerosas viajam através da corrente sanguínea ou dos vasos linfáticos e podem instalar-se em outros órgãos.
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Ainda mais animador é o fato de, nos experimentos, que foram feitos em ratos, as células que causam metástase não só foram identificadas como também eliminadas pelos cientistas.
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O estudo, liderado pelo biólogo espanhol, Eduard Battle (no centro da foto), foi publicado numa das mais importantes revistas científicas do mundo, a Nature.
Durante o experimento, as células que se desprenderam do tumor inicial foram eliminadas com técnicas genéticas, antes da cirurgia.
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Em resumo, os pesquisadores do IRB fizeram um modelo experimental em ratos para monitorar células malignas do câncer de cólon, com o objetivo de rastrear, especialmente, as células com alta probabilidade de recaída (High Relapse Cells, em inglês).
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O novo método provou-se eficiente tanto para localizar as células da metástase, como para prevenir sua recaída, através de técnicas genéticas, como já citado anteriormente. Antes, com os procedimentos tradicionais de diagnóstico, a detecção precoce de células malignas passava despercebida.
Segundo o próprio estudo, "cerca de 30-40% dos pacientes com câncer colorretal submetidos à cirurgia de remoção do tumor primário desenvolverão metástases nos anos subsequentes. As terapias para prevenir recaídas da doença ainda são uma necessidade médica não atendida".
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Vale ressaltar também que, segundo a National Geographic, "o câncer de cólon é o terceiro câncer mais comum no mundo. Além disso, 90% das mortes por câncer são consequência da metástase".
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O jornal El País citou o artigo científico e explicou: "Em ratos com tumores localizados, os cientistas injetaram imunoterapia padrão para limpar as células residuais espalhadas pelo câncer, e, depois, removeram o tumor primário".
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Ainda segundo o jornal, Eduard Battle, líder do estudo, comemorou o sucesso do experimento: "Estes ratos, após a cirurgia, ficaram curados. Eles nunca mais tiveram uma recaída".
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Em entrevista nas redes sociais do IRB Barcelona, Batlle explica: "Testamos mais de 500 anticorpos distintos, para identifcar aqueles que têm uma atividade mais efetiva nos diferentes pacientes".
O resultado do artigo publicado diz: "Nossa descoberta revela a dinâmica do estado celular da doença residual no câncer de colón e prevê que as terapias que podem ajudar a evitar a metástase são aquelas que visam acabar com as células com alta probabilidade de recaída".
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Os resultados do experimento apontam para um caminho promissor na procura por um tratamento efetivo para alguns tipos de câncer.
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Nesta mesma entrevista, Eduard Batlle acrescenta: "Além de evitar a metástase, o tratamento imunoterápico mostrou-se eficaz para inibir a atividade das células-tronco do câncer, em diferentes tipos de tumores sólidos, como o de cólon, estômago e esôfago."
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Embora os resultados sejam animadores, ainda há trabalho a ser feito para entender como este modelo usado em laboratório poderia ser aplicado em humanos. Esperamos que esta pesquisa tenha um progresso rápido e que seu resultado possa possa ser aplicado para tratar pacientes que o necessitam, em todo o mundo!
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