Estados Unidos envia navios a mar da China e gera tensões
A Marinha dos Estados Unidos e o Corpo de Fuzileiros Navais do país iniciaram um exercício militar no Mar da China Meridional, no dia 11 de fevereiro.
A iniciativa acontece poucos dias depois do aparecimento de um suposto balão espião chinês no espaço aéreo estadunidense, que foi, rapidamente, derrubado.
A Sétima Frota dos Estados Unidos e a 13ª Unidade Expedicionária de Fuzileiros Navais entraram nas águas estrangeiras para conduzir uma operação explicada pelo contra-almirante Christopher Sweeney.
“As operações da Força de Ataque Expedicionário Nimitz reforçam nossas capacidades integradas de força conjunta”, disse o Comandante do Grupo de Ataque de Portadores 11, Contra-Almirante Sweeny, em um comunicado à imprensa.
Foto da Marinha dos EUA em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Christopher_J._Sweeney_%281%29.jpg
Sweeny também disse que combinar as capacidades de seu grupo de ataque com as da unidade expedicionária do fuzileiro naval aumentaria a “capacidade do comandante da força conjunta de criar efeitos em todo a área, em apoio a um Indo-Pacífico livre e aberto”.
“Essa integração naval perfeita estabeleceu uma presença poderosa na região”, acrescentou Sweeny, que diz apoiar a paz e a estabilidade.
As unidades participantes incluíram o porta-aviões USS Nimitz; os contratorpedeiros de mísseis da classe Arleigh Burke USS Decatur, USS Chung-Hoon e USS Wayne E. Meyer; bem como o Destroyer Squadron 9 e esquadrões embarcados no Carrier Wing 11.
O Mar da China Meridional é um dos mais disputados do mundo. Sete nações reivindicam diferentes partes dele, de acordo com a CNBC.
São eles: China, Brunei, Indonésia, Malásia, Filipinas e Taiwan.
Pequim quer a maior faixa de área e afirmou que suas águas territoriais vão desde Taiwan até o sul, ao norte das ilhas Riau, na Indonésia.
“O Mar da China Meridional é uma rota comercial vital que conecta as principais artérias do comércio no Sudeste Asiático, ligando hidrovias de Cingapura e Malásia à Indonésia, Filipinas e Taiwan”, segundo o The Gardian.
A China construiu várias ilhas no Mar Meridional a partir do zero e militarizou pelo menos três, no disputado arquipélago das Ilhas Spratly. A tentativa é fortalecer a reivindicação de Pequim à área, ainda de acordo com o jornal.
De acordo com a Associated Press, “os EUA não assumem posição oficial sobre a soberania no Mar da China Meridional, mas sustentam que a liberdade de navegação e sobrevoo deve ser preservada”.
A agência de notícias garante ainda que os Estados Unidos enviam, várias vezes ao ano, navios que passam por postos avançados chineses fortificados nas Ilhas Spratly, o que provoca protestos de Pequim.
Em resposta, as autoridades chinesas enviaram quase duas dúzias de aeronaves e embarcações militares para o Estreito de Taiwan, "a área intermediária não oficial entre a China e Taiwan", segundo a Fox News.
Em um comunicado de imprensa do Ministério da Defesa de Taiwan, citado pela Fox News, 18 aeronaves do Exército de Libertação do Povo foram detectadas.
Destas aeronaves chinesas, 11 cruzaram a linha mediana do Estreito de Taiwan. Quatro navios chineses também foram detectados em Taiwan.