Vacina contra o câncer de pele está a ponto de sair
Uma vacina contra o câncer de pele entrou na última fase de testes clínicos e promete dar esperança a pacientes com melanoma.
O imunizante é resultado da colaboração entre a Moderna e a MSD e usa a tecnologia de RNA mensageiro (mRNA), semelhante àquela presente nas vacinas atuais contra a Covid-19.
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No entanto, neste caso, a vacina é feita de forma personalizada, sendo adaptada às necessidades individuais de cada paciente.
Para personalizá-la, uma amostra do tumor é coletada, por meio de uma cirurgia. Em seguida, o DNA é sequenciado e, com ajuda de inteligência artificial, é desenvolvida uma vacina anticâncer personalizada, específica para o tumor do paciente.
O melanoma é o câncer de pele mais grave, devido à sua alta propensão para provocar metástase, ou seja, disseminar-se para outros órgãos.
No Brasil, este tipo de tumor constitui cerca de 4% das neoplasias malignas cutâneas, conforme dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), relatou a CNN.
Marcia Abadi, diretora médica da MSD Brasil, disse, à CNN: “O Brasil é o segundo país no mundo com o maior índice de câncer de pele e a vacina mRNA com imunoterapia é uma inovação que pode ajudar a trazer grandes benefícios aos pacientes brasileiros”.
Os testes da fase 2 revelaram uma significativa redução no risco de recorrência do câncer em pacientes que receberam as vacinas.
A combinação do medicamento utilizado atualmente, Keytruda, com o novo imunizante reduziu em 44% o risco em incidência de câncer de pele ou morte de pacientes com melanoma de estágios III ou IV, após três anos, quando comparados aos que não foram vacinados, informou a CNN.
Agora, o estudo está na fase 3 e será conduzido pela University College London Hospitals NHS Foundation Trust (UCLH), segundo o The Guardian.
Para esta fase, serão convocados aproximadamente 1100 pessoas, em todo o mundo, e incluirá uma gama maior de pacientes.
Foto: Unsplash - Accuray
A Dra Heather Shaw (na foto, à direita), oncologista e coordenadora do estudo no Reino Unido, é otimista. "Acredito que há uma esperança genuína de que esses avanços representem um marco difinitivo na imunoterapia", disse ao The Guardian.
A oncologista acrescentou que a vacina também está a ser testada em outros tipos de câncer, incluindo pulmão, bexiga e rim.
Depois da fase 3, a vacina será avaliada pelas entidades reguladoras e, caso seja aprovada, será submetida a ensaios da fase 4. Nesta etapa, é feito um acompanhamento mais extenso dos pacientes vacinados, visando detectar eventuais sintomas adversos.
Foto: Unsplash - National Cancer Institute
O britânico Steve Young (na foto, à direita), de 52 anos, foi um dos primeiros a receber a vacina. Ele teve um tumor de melanoma retirado de seu couro cabeludo, em agosto de 2023, relatou a BBC.
"Estou muito animado. Esta é a minha melhor chance de deter o câncer", disse Young (foto), ao The Guardian.
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