Motivos que podem provocar acidentes de avião

A segurança na aviação
Quais as causas mais comuns dos acidentes aéreos?
Gelo nas asas?
Primeiro relatório sairá em 30 dias
Perda de controle do voo
O que dizem os especialistas
Quando o avião não pode ser controlado pelo piloto
Falha ou mau funcionamento de sistema
Saída da pista durante a decolagem ou pouso
Combustível
Outros problemas
Aterrissagem (aterragem, em Portugal)
Aproximação final e decolagem
Falha humana
Número de acidentes diminui
Poucos acidentes são fatais
Baixíssima probabilidade
Regulamentação restrita na aviação
A segurança na aviação

O recente acidente com o avião da Voepass em São Paulo, que resultou na morte de 62 pessoas, levantou questões sobre a segurança das aeronaves.

Quais as causas mais comuns dos acidentes aéreos?

Se o transporte aéreo é um dos mais seguros do mundo, por que ocorrem acidentes fatais? Veja as principais causas, na galeria.

Gelo nas asas?

No caso do acidente envolvendo a Voepass, a investigação ainda está em andamento. Segundo especulações de especialistas, a formação de gelo sobre as asas da aeronave pode ter contribuído para a tragédia.

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Primeiro relatório sairá em 30 dias

De acordo com a Agência Brasil, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) deve concluir um relatório preliminar com as prováveis causas da queda da aeronave em até 30 dias.

Na foto, Marcelo Moreno, da Força Aérea Brasileira.

Perda de controle do voo

Segundo dados de um relatório da Boeing, segunda maior fabricante de aviões do mundo, a maior causa de mortes relacionadas a acidentes aéreos é a "perda de controle do voo".

O que dizem os especialistas

"No caso da perda de controle, por exemplo, pode acontecer por uma infinidade de razões, seja humana ou não. A gente tem que entender que é multifatorial e há múltiplas possibilidades", disse Maurício Pontes, especialista em acidentes aeronáuticos e assessor executivo da Associação Brasileira de Pilotos da Aviação Civil (Abrapac), à BBC.

Quando o avião não pode ser controlado pelo piloto

Dos 32 acidentes fatais ocorridos entre 2013 e 2022, 9 foram causados por esse motivo, resultando em 757 vidas perdidas.

Falha ou mau funcionamento de sistema

O segundo fator que mais causa acidentes é a "falha ou mau funcionamento de sistema, não relacionado ao motor". De acordo com a Boeing, foram 158 mortes em decorrência deste tipo de defeito.

Saída da pista durante a decolagem ou pouso

Em terceiro lugar, está a "saída da pista durante a decolagem ou pouso". Este problema causou 134 mortes, em 6 acidentes.

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Combustível

Já os 'lapsos relacionados ao combustível' contribuíram com 71 mortes, em um acidente.

Outros problemas

Nesta lista, foram citadas também como causa frequente de acidentes: "voo controlado em direção ao terreno" e problemas relacionados ao "congelamento".

Aterrissagem (aterragem, em Portugal)

No que se refere à fase do voo em que mais há acidentes, a aterrisagem fica em primeiro lugar. Dos 32 acidentes fatais na década mencionada, 10 ocorreram durante o pouso.

Aproximação final e decolagem

Outros 5 acidentes ocorreram durante a aproximação final, justamente antes do pouso, enquanto a decolagem ficou em terceiro lugar, fase em que ocorreram 4 acidentes.

Falha humana

O banco de dados online Plane Crash Info, que reúne estatísticas mundiais sobre acidentes aéreos, indica que 49% dos casos registrados entre 1950 e 2019 foram causados por erro humano. A falha mecânica é a segunda maior responsável, com 23%, seguida por fatores climáticos, que representam 10% dos incidentes, relatou a BBC.

Número de acidentes diminui

Mesmo assim, a probabilidade de ocorrer um acidente aéreo é mínima. De acordo com relatório da Boeing, o número de acidentes envolvento aviões comerciais a jato entre 2013 e 2022 diminuiu quando comparada à década anterior.

Poucos acidentes são fatais

De acordo com a empresa, ocorreram 300 acidentes na última década e, destes, apenas 11% foram fatais.

Baixíssima probabilidade

Na América do Sul, entre 2013 e 2022, a cada um milhão de decolagens, apenas 0,21 voos envolveram fatalidades. Na década de 1993 a 2002, essa taxa era de 1,73, segundo relatório da Boeing.

Regulamentação restrita na aviação

Embora a falha humano seja um aspecto complexo na análise de acidentes aéreos, justamente por envolver múltiplos fatores, as falhas mecânicas são quase zero. Maurício Pontes, da Abrapac, disse à BBC: "Não existe atividade mais regulada que as indústrias aeroespacial e nuclear. A tendencia é ter cada vez mais segurança em relação ao fator material, até pelas tecnologias que estão sendo desenvolvidas. Mas acontece."

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