Este planeta poderia substituir a Terra, segundo cientistas
Recentemente, duas equipes de cientistas, uma do The Astrophysical Journal Letters e outra da Royal Astronomical Society, identificaram um planeta habitável com o mesmo tamanho da Terra.
Sobre o novo planeta, sabe-se que ele orbita uma pequena estrela a cerca de 40 anos-luz de distância.
Este planeta, que foi batizado de Gliese 12b, orbita uma estrela anã vermelha fria, na constelação de Peixes.
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Esta estrela anã tem 27% do tamanho do nosso Sol e 60% de sua temperatura. De acordo com os estudos, a estrela ao redor da qual este planeta orbita é muito menor do que o Sol, mas, ainda assim, Gliese 12b está localizada em uma zona habitável.
Para que um planeta seja considerado habitável, é essencial que ele esteja a uma distância ideal de sua estrela. Isso porque a existência de água líquida depende dessa distância.
Assumindo que o exoplaneta não possui atmosfera, os cientistas estimaram que sua temperatura superficial seria em torno de 42°C.
"Até o momento, este é o planeta mais parecido com o tamanho da Terra que encontramos em trânsito", disse Akihiko Fukui, professor assistente do projeto no Centro de Astrobiologia de Tóquio e codiretor de uma das equipes de pesquisa, juntamente com um professor assistente da Universidade de Tóquio.
Quando são identificados planetas temperados e do tamanho da Terra, o próximo passo é analisá-los para determinar os elementos presentes em suas atmosferas, especialmente a presença de água, que é essencial para sustentar a vida.
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"Até agora, encontramos apenas pouquíssimos exoplanetas que são bons candidatos para isso. Este é o mais próximo, é uma descoberta bastante significativa", disse Larissa Palethorpe, estudante de doutorado da Universidade de Edimburgo e do University College de Londres, que co-liderou um dos estudos, à CNN.
Ambas equipes de cientistas utilizaram dados coletados pelo Satélite de Estudo de Exoplanetas em Trânsito (TESS, na sigla em inglês) da NASA, um telescópio que observa dezenas de milhares de estrelas a cada mês e monitora suas variações de brilho.
O que facilitou aos astrônomos encontrar este exoplaneta é que ele orbita uma estrela anã vermelha, cujo tamanho relativamente pequeno causa um maior efeito de escurecimento durante cada trânsito.
Atualmente, os cientistas não têm certeza sobre a composição exata da atmosfera deste planeta, se é que ele possui uma, ou sobre a presença de água.
"Provavelmente não haverá água, indicando que o planeta passou por um efeito estufa descontrolado, o que o tornaria mais parecido a Vênus", disse Palethorpe.
Os cientistas preparam-se para realizar análises espectroscópicas através deste potente telescópio da NASA. O método captura a luz das estrelas que passa através da atmosfera de um exoplaneta e revela quais comprimentos de onda são absorvidos, o que permite determinar quais moléculas estão presentes.
Além de lançar luz sobre o exoplaneta em si, Larissa Palethorpe espera que esses trabalhos ajudem a compreender melhor nosso próprio planeta. "Este planeta mostrará o que aconteceu para que a Terra continuasse habitável".
Mesmo com a nave espacial mais rápida da atualidade, seriam necessários cerca de 225 mil anos para chegar a Gliese 12b. Portanto, é crucial cuidarmos do nosso planeta, ele é o único que temos.
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