Este será o desastroso destino da Rússia, segundo economista
Timothy Ash, um renomado economista britânico, tem alertado os líderes globais sobre a possibilidade de que a Rússia poderia dividir-se em Estados menores, se o país for derrotado pelas forças ucranianas.
Membro sênior de relações internacionais da Chatham House em Londres, Ash publicou sua advertência no Kyiv Post, em 21 de janeiro. Ele insiste que os observadores da guerra não deveriam encarar a situação levianamente.
"Vejo uma chance decente do fim de Putin e acho possível vermos um colapso da Federação em muitos novos estados - como aconteceu com a URSS em 1991", escreveu Ash.
Ao contrário de seus vizinhos europeus, a Federação Russa é composta por uma variedade de repúblicas, etnias e zonas de administração autônoma, algumas das quais já desejam viver sob seu próprio governo.
Ash está entre os especialistas que não acreditam mais que a Rússia obtenha uma vitória decisiva na Ucrânia, e isso significa que seu colapso é muito mais provável do que no início da guerra.
“A Rússia não tem caminho para a vitória e quanto mais a guerra dura, pior fica para a Rússia e para Putin”, escreveu Ash.
“É apenas uma questão de tempo ver Moscou tentando pedir algum tipo de paz”, aposta o economista Ash.
O fato é que, um pedido de paz por parte de Putin, neste momento, não seria recebido da mesma forma que no princípio da guerra.
De acordo com a Associated Press, o governo Biden e os funcionários da OTAN disseram às autoridades russas que já não estariam dispostos a fazer-lhe concessões.
“Em respostas escritas entregues aos russos, os EUA e a OTAN mantiveram-se firmes na política de portas abertas para a adesão da Ucrânia”, escreveram os jornalistas Vladimir Isachenkov e Mathew Lee, no artigo.
A reportagem observou que os EUA e a OTAN “rejeitaram a exigência de proibir permanentemente a adesão da Ucrânia e disseram que o envio de tropas e equipamentos militares aliados na Europa Oriental não é negociável”.
De fato, os Estados Unidos e seus aliados ocidentais aumentaram significativamente sua ajuda militar à Ucrânia.
“Temos uma janela de oportunidade aqui, entre agora e a primavera, quando os ucranianos começarem sua operação, sua contra-ofensiva”.
A afirmação é do secretário de defesa americano, Lloyd Austin. Foi feita no dia 20 de janeiro, enquanto discutia-se o novo pacote de ajuda de 2,5 bilhões de dólares para a Ucrânia.
“Isso não é muito tempo, e temos que reunir as capacidades certas,” continuou Austin.
Nada disso é, portanto, um bom presságio para o futuro da Rússia. Sua derrota é ainda mais provável agora, depois que Berlim e Washington aprovaram o envio de seus principais tanques de batalha para os ucranianos.
"Putin começou esta guerra para criar uma Grande Rússia, mas o provável efeito líquido será uma Rússia Menor", acredita Timothy Ash.