Cargos de chefia não são mais almejados pelos jovens e esta é a razão
Se antigamente o que os jovens mais queriam era tornar-se chefes na empresa onde trabalhavam, hoje, os profissionais das novas gerações querem algo bem diferente. Na galeria, contamos as razões. Confira!
Para a geração X e os Baby Boomers, alcançar um cargo de gestão era considerado o ápice do sucesso, com promessas de maiores responsabilidades, aumento de salário, status e poder sobre uma equipe.
Siga-nos aqui e verá, a cada dia, conteúdos que lhe interessam!
No entanto, o antigo modelo de carreira corporativa, focado na ascensão hierárquica e em cargos de gestão tradicionais, está em plena transformação.
Uma pesquisa recente da CoderPad, plataforma de entrevistas para equipes de ponta, revelou que 36% dos profissionais de tecnologia não desejam assumir cargos gerenciais, relatou a revista Forbes.
Entre os estudantes da Universidade de Harvard, apenas 2% têm como objetivo trilhar a hierarquia corporativa. Foi o que constatou Gorick Ng, escritor e conselheiro de carreira da mesma Universidade, citado pela revista Você RH.
Os dados mostram que a maioria dos jovens possui aspirações que transcendem o sucesso profissional tradicional. De acordo com a empresa de consultoria estadunidense, Deloitte, essa mudança de comportamento está relacionada à busca por uma vida mais equilibrada, sem tanta pressão.
Segundo uma análise de mercado, feita por Deloitte, 40% dos gerentes sofrem de estresse grave relacionado ao trabalho, contra 35% de seus funcionários, publicou a Business Insider.
Parece que as gerações dos millennials (Y) e centennials (Z) não estão dispostas a ascender na carreira, nem mesmo com um aumento salarial, em troca de mais estresse e horas de dedicação laboral.
A relação destas gerações com o trabalho é marcada por características e expectativas que os diferenciam das anteriores, como valorizar o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.
Isso significa que eles não estão dispostos a sacrificar sua vida pessoal em nome da carreira. Ao contrário, priorizam o tempo livre e a flexibilidade de horários.
Outro fator importante para os jovens profissionais é a busca por significado e propósito. Eles querem que os valores da empresa estejam alinhados com seus ideais. De nada adianta ter um bom cargo, se o trabalho não satisfaz seus valores.
Por outro lado, vale ressaltar que isso não significa que os jovens trabalhadores não queiram crescer. De fato, querem participar ativamente das decisões da empresa, bem como ter mais autonomia, sem, para isso, terem que assumir a função de chefe.
Os cargos de liderança têm a difícil missão de gerenciar as pessoas, coordenar equipes e cumprir objetivos. Tudo isso em um mundo em constante transformação e, geralmente, sob muita pressão.
Foto: Pexels - Andrea Piacquadio
Por isso, é preciso cuidar dos sêniors. Citada pela Business Insider, Andrea Derler, diretora de pesquisa e valor do cliente da Visier, fez um alerta às empresas: A negligência no investimento em treinamento e apoio aos líderes pode gerar uma perigosa lacuna de sucessão.
Além disso, funcionários que são pressionados por seus superiores ou colegas a assumir um novo cargo estão fadados a ter um desempenho medíocre, afirmou Tacy Byham, presidente da consultoria de recursos humanos DDI, sediada nos EUA, à BBC.
Foto: Pexels - Gustavo Fring
Em vez de forçar alguém a mudar de função, o ideal é que as empresas identifiquem os talentos e interesses de cada funcionário, para encontrar oportunidades que se encaixem com suas habilidades e motivações.
Os tempos mudaram. Ser o primeiro a chegar ou o último a sair do escritório não agrega nem mais nem menos valor a um profissional. As empresas que desejam reter as novas gerações precisam estar atentas às suas necessidades e expectativas, oferecendo um ambiente de trabalho flexível, inovador e com significado!
Não fique de fora do que acontece no mundo; siga nosso perfil!