Jovens atuais têm menos relações íntimas que as gerações anteriores?

Várias pesquisas e levantamentos alertam que os jovens, millennials e geração Z, de países ricos fazem menos s e x o do que as gerações anteriores. Uma reportagem do The Atlantic, assinada por Kate Julian, definiu o fenômeno como “recessão s e x u a l”.

De acordo com o LA Times, o número de jovens que afirmam ter tido relações s e x u a i s no ano anterior diminuiu tanto na Califórnia como no resto dos EUA.

A pandemia, com temores de transmissão e distanciamento social, pode ter algo a ver com os números. Ainda assim, especialistas disseram ao jornal californiano que a tendência é anterior à pandemia.

A percentagem de pessoas que relataram não ter um parceiro com quem ter relações íntimas aumentou na última década, explicou o jornal. De 20%, em 2011, passou a quase 40%, em 2021.

De acordo com especialistas mencionados pelo LA Times e pelo Business Insider, a falta de atividade s e x u a l entre os jovens está ligada à vida atribulada e complexa que eles levam.

A vasta quantidade de conteúdo online disponível para consumo, desde plataformas de streaming até mídias sociais, pode desviar a atenção dos jovens, mesmo quando eles têm um parceiro presente.

Outros especialistas alegam que o estilo de vida estressante e atarefado é o responsável, pois as pessoas têm menos tempo para socializar. A pressão do mercado imobiliário também pode influenciar, já que mais jovens continuam a morar com os pais.

Os especialistas disseram ao LA Times e ao Business Insider que os problemas de saúde mental desempenham um papel importante na vida s e x u a l dos jovens, à medida que a ansiedade e a depressão aumentam.

Para mais notícias como esta, siga-nos!

Ainda assim, os problemas de saúde mental também podem ser uma consequência da falta de conexão e intimidade que o s e x o proporciona.

Outro fator importante a ser observado é o aumento de isolamento e solidão. No ano passado, o Cirurgião Geral dos EUA declarou que a solidão pode ser tratada como uma epidemia, representando um risco para a saúde, como o tabagismo.

Com a redução da atividade s e x u a l, ocorre uma redução ainda maior na taxa de natalidade, disse Jean Twenge, professor de psicologia da Universidade Estadual de San Diego, ao LA Times.

Outros especialistas questionam se essa tendência é um problema. Menos s e x o não significa necessariamente algo ruim para os jovens, pois acarreta menos riscos de doenças s e x u a l m e n t e transmissíveis e mais controle sobre seus corpos.

Um artigo da Vogue sobre a vida íntima dos membros da Geração Z colocou em questão os dados que afirmam que os jovens estão menos envolvidos na cama.

O artigo citou entrevistas de 75 indivíduos da Geração Z no Reino Unido, em que muitos deles disseram não experimentar uma vida íntima escassa.

Ao contrário, a geração mais jovem aborda sua vida s e x u a l de forma mais aberta, com maior consciência de consentimento e mais disposição para vivenciar.

O artigo concluiu que a geração nascida entre 1997 e 2012 tem mais controle sobre sua vida íntima do que as gerações anteriores, não necessariamente com menos s e x o.

Siga-nos aqui e verá, a cada dia, conteúdos que lhe interessam!