Leite de barata poderá ser o alimento do futuro; entenda!

O próximo superalimento?
Insetos, excelente fonte de nutrientes
Consumo recomendado pela FAO
Um passo desagradável?
Leite de barata
Uma barata muito específica
Diploptera punctata
Onde encontramos Diplopteras punctatas?
Não é um leite como os tradicionais
Cristais de proteína com muitos nutrientes
No intestino da barata
Mais calórico que o leite de búfala
Menos impacto no meio ambiente
Temos que seguir em frente
Extração complicada
Difícil ordenhar baratas
Ironias da vida
O próximo superalimento?

O aumento da população em todo o mundo e as alterações climáticas fizeram com que a indústria alimentar tenha procurado alternativas longe daquilo a que estamos habituados.

Insetos, excelente fonte de nutrientes

Os insetos, por exemplo, estão repletos de nutrientes e representam um alimento mais sustentável com o meio ambiente.

Consumo recomendado pela FAO

De fato, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) apela ao consumo de mais insetos, para aliviar os efeitos da sobreexploração agrícola e pecuária.

Um passo desagradável?

Mas os pesquisadores deram um passo além ao propor um alimento que, para alguns, será um tanto desagradável, em um princípio.

Leite de barata

Trata-se do leite de barata, que pode se tornar um novo superalimento devido às suas qualidades nutricionais.

Uma barata muito específica

A maioria das espécies de baratas são ovíparas, mas existe uma que é vivípara e produz um tipo de líquido, chamado Lili-Mip, com cristais de proteínas.

Diploptera punctata

A barata em questão é a Diploptera punctata, também conhecida como barata do cipreste ou barata do besouro do Pacífico, que cuida dos seus filhotes e os alimenta com esse “leite”, estudado há alguns anos.

Onde encontramos Diplopteras punctatas?

Este tipo de barata pode ser encontrado especialmente na Ásia e na Oceania, em países como Birmânia, Papua Nova Guiné, China, Índia, Indonésia, Samoa, Malásia, Tailândia, Vietnã e Austrália. Também existem em outros pontos mais isolados como o Havaí, a Ilha da Ascensão, Fiji, Sri Lanka e as Ilhas Marquesas.

 

Não é um leite como os tradicionais

Na verdade, não é um tipo de leite comum, devido à ausência de lactose, mas o que não há dúvida, segundo as pesquisas realizadas, são as suas excelentes propriedades.

Cristais de proteína com muitos nutrientes

Estudos como o realizado em 2016 pelo Instituto de Biologia de Células-Tronco e Medicina Regenerativa da Índia ou o publicado na revista da União Internacional de Cristalografia revelaram que estes cristais segregados pelas baratas contêm proteínas, gorduras, açúcares, bem como aminoácidos essenciais.

No intestino da barata

Segundo a Science Alert, uma equipe de pesquisadores conseguiu sequenciar um cristal de proteína, localizado no intestino médio das baratas, e descobriu que essa substância é quatro vezes mais nutritiva que o leite de vaca.

Mais calórico que o leite de búfala

Além disso, um estudo publicado pelo Journal International Union of Crystallography sugere que o leite de barata tem três vezes mais calorias que o leite de búfala.

Menos impacto no meio ambiente

E se falarmos do seu impacto na natureza, há todas as vantagens em comparação com a produção de leite tradicional ou vegetal.

Temos que seguir em frente

Ainda há alguns avanços a serem alcançados no que diz respeito à incorporação segura deste alimento na dieta do ser humano. Além disso, surgem outros problemas associados.

Extração complicada

O primeiro tem a ver com a dificuldade em obter quantidades suficientes para comercialização. A segunda, com a necessidade de romper a barreira cultural que nos impede de comer insetos (e seus derivados).

Difícil ordenhar baratas

Mas ninguém pense que teremos de ordenhar as baratas como se fossem mamíferos. O que se pretende é produzir, artificialmente, estes cristais de proteínas, sequenciando seus genes para replicá-los em laboratório.

Ironias da vida

O que acabaria sendo uma ironia é que a nutrição da humanidade dependeria, em grande parte, de um inseto rejeitado há milênios e que até é culpado de uma fobia: a blatofobia.

Veja também: Pisar uma barata pode ser perigoso!

 

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