Lista Epstein é divulgada e inclui realeza, políticos e celebridades
Jeffrey Epstein foi um financista e magnata estadunidense que liderou um esquema de t r á f i c o s e x u a l, pelo qual foi à prisão, em 2019. Dias depois, tirou a própria vida, em sua cela.
De acordo com o The Independent, 40 documentos judiciais referentes ao caso foram desclassificados e, neles, mais de 100 nomes estão presentes.
Na foto, Jeffrey Epstein e Ghislaine Maxwell, sua sócia nos crimes.
Em janeiro de 2024, o primeiro lote de nomes foi tornado público e inclui pessoas de poder no mundo da ciência, da política e do entretenimento.
Porém, é importante ressaltar que o fato de uma pessoa ser nomeada nos documentos judiciais não significa que ela seja acusada de haver participado de algum crime.
O The Guardian destaca que o príncipe Andrew, irmão do rei Charles III, é citado por sair com Epstein e Maxwell e forçar uma mulher.
No passado, Virginia Roberts Giuffre, uma das vítimas de Epstein e sua sócia Ghislaine Maxwell, processou o príncipe Andrew por agredi-la quando ela tinha 17 anos, no Distrito Sul de Nova York. O caso chegou a um acordo extrajudicial em fevereiro de 2022.
O ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, também é citado nos documentos, embora a BBC observe que ele não é diretamente acusado de participar de qualquer ilegalidade. Guiffre afirmou que conheceu Clinton na ilha de Epstein.
Entretanto, segundo o The Independent, outra vítima de Epstein, Johanna Sjoberg, declarou que o próprio Epstein disse-lhe que Bill Clinton “gosta de jovens”.
O ex-presidente dos Estados Unidos é mencionado mais de 50 vezes nos documentos divulgados.
O nome do ex-vice-presidente dos EUA, Al Gore, candidato presidencial pelo Partido Democrata em 2000, também está presente nos documentos judiciais, embora o contexto permaneça obscuro, segundo a NPR.
Além de Clinton, outro ex-presidente dos EUA é mencionado nos processos judiciais desclassificados. embora de passagem: Donald Trump.
De acordo com a Al Jazeera, Johanna Sjoberg contou que ela, Giuffre, Epstein e outros fizeram um pouso de emergência em Atlantic City, em 2001, e permaneceram em um dos cassinos de Trump.
O ex-advogado de Epstein, Alan Dershowitz, também aparece ocasionalmente nos arquivos. O The Independent relata que o professor de Direito de Harvard é um dos homens poderosos com quem Epstein forçou as jovens a dormir.
Dershowitz declarou, oficialmente, que deseja que todos os documentos sejam divulgados ao público, para mostrar que ele é inocente de quaisquer alegações relacionadas ao seu falecido cliente.
O nome do caçador de modelos francês, Jean-Luc Brunel, também aparece nos arquivos divulgados, relata o The Independent. No passado, Giuffre acusou Brunel de ter a b u s a d o dela.
Imagem: pierre9x6/Unsplash
Brunel morreu em fevereiro de 2022, aparentemente s u i c i d a n d o - s e enquanto aguardava julgamento por a b u s o e t r á f i c o de menores na França, em circunstâncias bastante semelhantes às de Epstein.
De acordo com o The Guardian, Sjoberg também afirmou que viu Michael Jackson na residência de Epstein em Palm Beach, Flórida. Porém, ela negou ter qualquer tipo de contato indevido com o músico pop.
Jackson não é a única celebridade que se misturou com Jeffrey Epstein. Sjoberg afirma que também conheceu o mágico David Copperfield, na casa de Epstein, em Palm Beach, e que ele mantinha relações amigáveis com Epstein.
Surpreendentemente, os documentos judiciais mostram que o físico britânico Stephen Hawking é citado por Jeffrey Epstein num e-mail de 2015.
De acordo com a Al-Jazeera, Epstein exigiu que Maxwell “emitisse uma recompensa” a qualquer amigo e parente de Guiffre para refutar suas alegações, incluindo aquelas contra Stephen Hawking.
O The Independent destaca que outros nomes famosos como o ator Kevin Spacey, a modelo Naomi Campbell e o cineasta George Lucas aparecem nos documentos divulgados, mas sem qualquer prova de irregularidade.