Maduro na corda bamba: estes são os poucos aliados que lhe restam
As eleições presidenciais de 28 de julho na Venezuela tornaram-se uma dor de cabeça para Nicolás Maduro. Em vez de o legitimarem como presidente, parecem tê-lo isolado ainda mais de seus aliados habituais.
A televisão pública canadense CBC indica que alguns países aliados de Maduro reconheceram rapidamente a sua vitória eleitoral, como Cuba, Bolívia, Honduras e Nicarágua.
Por sua vez, fora do continente americano, a Rússia, a China, o Irã e a Síria foram os principais governos que se mantiveram firmes com Maduro e com o resultado oficial das eleições presidenciais venezuelanas.
Já os Estados Unidos encabeçam a lista de países do continente americano que reconhecem Edmundo González como vencedor das eleições de 28 de julho.
“Está claro para os Estados Unidos e, mais importante, para o povo venezuelano que Edmundo González obteve a maioria dos votos nas eleições presidenciais de 28 de julho”, declarou o secretário de Estado Antony Blinken, segundo a AP.
Outros países que reconhecem Edmundo González como vencedor no continente americano incluem Equador, Costa Rica, Uruguai, Panamá, Peru e Argentina.
No entanto, vários países declararam que se absterão de decidir sobre as eleições venezuelanas até que o Governo de Nicolás Maduro possa demonstrar a sua vitória nas urnas com as atas eleitorais.
O Governo do Chile, liderado pelo progressista Gabriel Boric, tem sido contundente nas suas críticas a Maduro, sem reconhecer um vencedor claro nas eleições presidenciais.
Por sua vez, vários meios de comunicação noticiam que Brasil, Colômbia e México têm colaborado juntos para tentar mediar entre Maduro e a oposição venezuelana, fora de Washington, pedindo uma “verificação imparcial” dos resultados.
A União Europeia também optou por uma estratégia de cautela, enquanto Maduro parece dar desculpas e fazer ameaças, mas não apresenta nenhuma evidência da sua vitória eleitoral.
Contudo, as eleições venezuelanas parecem ser outro ponto de virada na Espanha. A Europa Press salienta que Yolanda Díaz, ministra do trabalho e economia social espanhola, felicitou Nicolás Maduro pela sua vitória eleitoral e apelou ao reconhecimento dos resultados oficiais das eleições venezuelanas.
O Presidente do Governo da Espanha, Pedro Sánchez, por sua vez, juntou-se aos líderes de França, Alemanha, Itália, Portugal, Polônia e Holanda para instar Maduro a mostrar as atas eleitorais.
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