O estranho fenômeno que tem feito árvores gigantes da Amazônia caírem
As microexplosões atmosféricas, conhecidas em inglês como microbursts, têm causado preocupação entre as autoridades devido à sua capacidade de derrubar grandes árvores na Amazônia.
Trata-se um fenômeno climático extremo caracterizado por uma intensa corrente de vento descendente que se desprende de uma nuvem de tempestade e atinge o solo com grande força.
Em outras palavras, uma massa de ar frio e denso desce rapidamente de uma nuvem de tempestade e, ao atingir o solo, dispersa-se em todas as direções.
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É como se fosse o inverso de um tornado, onde as rajadas de vento se concentram e formam um redemoinho, em vez de se espalharem.
Apesar das diferenças, ambos os fenômenos são marcados por sua capacidade de causar impactos devastadores em questão de segundos.
Os ventos gerados pelas microexplosões atmosféricas podem alcançar velocidades elevadas, chegando a 200 quilômetros por hora.
Com tamanha intensidade, geram ruídos fortes, frequentemente descritos pelas pessoas como semelhantes ao som de um trem de carga em movimento, relatou a CNN.
De acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), os ventos em uma microexplosão espalham-se horizontalmente, abrangendo uma área de menos de quatro quilômetros de extensão.
De acordo com a CNN, as microexplosões podem ocorrer o ano todo, mas são mais comuns no verão devido ao calor e à alta umidade, que favorecem a formação de tempestades.
Segundo um estudo publicado na American Geophysical Union Advances, esses ventos extremos, agravados pelas mudanças climáticas, têm alterado a estrutura, composição e balanço de carbono das florestas, derrubando árvores na Amazônia.
Além disso, o estudo revelou que as microexplosões na Amazônia tornaram-se quatro vezes mais frequentes entre 1985 e 2020, com um aumento significativo após os anos 1990.
As quedas de árvores causadas por microexplosões atmosféricas foram detectadas por meio de imagens de satélite capturadas pelo programa Landsat, da NASA e do Serviço Geológico dos EUA, informou a revista Super Interessante.
Segundo publicou o mesmo meio de comunicação, essas microexplosões podem derrubar árvores centenárias da Amazônia, fundamentais no combate à crise climática por armazenarem grandes quantidades de CO₂.
Ao caírem, as árvores mortas liberam o gás na atmosfera, agravando ainda mais o efeito estufa.
Embora representem apenas 1% da flora da Amazônia, as árvores gigantes desempenham um papel crucial no ecossistema, fornecendo sombra e alimento para a fauna local.
Além disso, armazenam cerca de 50% do CO₂ retido na floresta, tornando-se essenciais no equilíbrio climático, relatou a Super Interessante.
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