Mortes globais por sarampo aumentaram, diz OMS, saiba motivo!
Um declínio na cobertura mundial da vacina contra o sarampo levou a um aumento impressionante tanto nas infecções, como nas mortes pela doença.
Os dados são dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Os casos de sarampo aumentaram 18% em 2022, e as mortes, 49%. O número total de infecções atingiu mais de 9 milhões de pessoas e as mortes, cerca de 136 mil.
Infelizmente, os jovens estão entre os mais infectados, enquanto as mortes atingem, em sua maioria, as crianças.
Em 2022, 37 países foram atingidos por surtos perturbadores de sarampo. Já em 2021, foram 22. A maioria das áreas afetadas pelo sarampo estavam na África.
Em 2022, o continente africano teve 28 regiões gravemente afetadas, enquanto o Mediterrâneo O r i e n t a l teve o segundo maior número de surtos. O Sudeste Asiático registrou dois surtos e a Europa, apenas um.
“O aumento de surtos e mortes por sarampo é impressionante. Mas era esperado, dado o declínio das taxas de vacinação que temos visto nos últimos anos”, comentou o diretor da Divisão Global de Imunização do CDC, John Vertefeuille.
“Os casos de sarampo representam um risco para todos os países e comunidades onde as pessoas estão subvacinadas. Esforços urgentes serão essenciais para prevenir doenças e mortes por sarampo”, acrescentou Vertefeuille.
O sarampo é um vírus altamente contagioso, de acordo com a OMS, e é facilmente transmitido pela respiração de uma pessoa infectada. Tossir e espirrar são duas vias frequentes de contágio.
Infelizmente, infecções graves por sarampo podem levar a complicações e até mesmo à morte. No entanto, o mundo aprendeu a gerir a doença através das vacinas.
Duas doses de vacinação contra o sarampo são suficientes para prevenir a doença, mas a administração da vacina a nível mundial foi sufocada pela recente pandemia do covid-19. Em alguns países, as taxas de vacinação ainda não foram recuparadas.
“A falta de vacinas contra o sarampo em países pobres, sobretudo após a pandemia, é um sinal de que devemos agir com urgência. O sarampo é chamado de vírus da desigualdade por uma boa razão”, disse Diretora de Imunização, Vacinas e Produtos Biológicos da OMS.
“As crianças em todo o mundo têm o direito de serem protegidas contra o sarampo. A vacina pode salvar vidas, não importa onde", continuou Kate O'Brien.
Houve um aumento modesto nas taxas de vacinação entre 2022 e 2023, mas cerca de 33 milhões de crianças ainda não estão vacinadas. A taxa de cobertura mundial da primeira dose atingiu 83% e a segunda dose, 74%.
Infelizmente, a cobertura mundial da vacina contra o sarampo ficou bem abaixo dos 95% necessários para garantir que uma comunidade estará protegida da propagação do vírus.
“Os programas de imunização terão de acelerar a recuperação do plano para fechar essas lacunas de imunidade e reduzir a incidência de doenças", explicaram os autores do relatório, sobre como remediar a situação.