Nem alienígenas nem chineses: o que são os OVNIs abatidos na América do Norte?
As autoridades estadunidenses ainda estudam a origem dos objetos não identificados que foram derrubados em seu espaço aéreo e no do Canadá, há alguns dias. Mas há duas certezas: não vêm de outros planetas e nem a China tem nada a ver com isso, segundo o The New York Times.
Uma comissão investigará minuciosamente esses objetos, embora seus restos, ao contrário do que aconteceu com o balão chinês derrubado na mesma época (foto), ainda não tenham sido recuperados. Agora, levanta-se a hipótese de que tratavam-se de equipamentos de empresas particulares e não constituiam um perigo para a segurança do país.
A palavra OVNI remete, quase sempre, à ficção científica. Mas, na verdade, neste caso, o que vale seu sentido literal: Objeto Voador Não Identificado. Entre os dias 10 e 12 de fevereiro, três deles foram vistos no espaço aéreo dos Estados Unidos e Canadá e rapidamente abatidos.
Questionado por um jornalista durante uma entrevista à imprensa, o general Glen D. VanHerck (chefe do Comando Norte da Força Aérea dos EUA) disse sobre a possibilidade dos objetos terem uma origem extraterrestre: "Não descartei nada".
Horas depois, a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, corrigiu a declaração do militar, garantindo que não havia indícios de atividade alienígena ou extraterrestre.
Ao todo, foram três OVNIs os que surgiram poucos dias depois que o presidente dos EUA, Joe Biden, ordenou a derrubada de um balão chinês que sobrevoava os Estados Unidos.
O primeiro OVNI foi visto voando a mais de 40.000 pés perto do Pólo Norte, em 9 de fevereiro, e foi abatido pela Força Aérea dos Estados Unidos, nas águas do Alasca, em 10 de fevereiro.
"Era muito, muito menor do que o balão que derrubamos no último sábado", disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, a repórteres.
"A maneira como foi descrito para mim era de que tinha o tamanho de um carro pequeno", continuou Kirby.
Kirby disse que não poderia dizer se o objeto tinha capacidade de vigilância ou marcações que indicassem de onde poderia ter vindo, de acordo com o New York Post.
"Estamos chamando isso de objeto porque é a melhor descrição que temos no momento", continuou, "não sabemos a quem pertence".
“Esperamos poder recuperar os restos, já que caíram não apenas dentro do nosso espaço territorial, mas também no que acreditamos ser a superfície da água congelada”, disse Kirby.
O incidente colocou as autoridades americanas e canadenses em alerta máximo, e não demorou muito para que o Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD) detectasse outro objeto voador não identificado.
O segundo OVNI apareceu menos de 24 horas após a queda do OVNI do Alasca. O primeiro-ministro canadense Justin Trudeau ordenou sua derrubada sobre o território canadense de Yukon.
"As equipes de resgate estão no local, procurando encontrar e analisar o objeto", disse Trudeau a repórteres, antes de partir para um evento de arrecadação de fundos.
As equipes canadenses ainda não recuperaram os destroços dos OVNIs destruídos. E não está claro se o que eles descobrirem será revelado imediatamente.
"A segurança dos cidadãos é nossa principal prioridade e é por isso que tomei a decisão de abater aquele objeto não identificado", disse Trudeau a repórteres em 12 de fevereiro, pouco antes de um terceiro objeto ser identificado sobre o Lago Huron.
O terceiro objeto voador não identificado foi abatido por uma aeronave dos EUA, aproximadamente às 14h42, horário local, em 12 de fevereiro, de acordo com um comunicado do secretário de imprensa do Pentágono, brigadeiro-general Patrick Ryder.
“Não avaliamos isso como uma ameaça militar cinética, mas como um risco à segurança de voo e uma ameaça devido às suas capacidades de vigilância em potencial”, disse o coronel Patrick S. Ryder.
O Wall Street Journal descreveu o objeto em questão como tendo uma aparência octogonal e voando a uma altitude de 6.000 metros, o que significa que poderia representar um sério risco para os civis nas áreas por onde passou.
Ainda não se sabe o que são esses objetos. Já existem muitas teorias circulando nas redes sociais e mídias "alternativas", mas nenhuma resposta real.