Secretário-geral da OTAN quer armar ainda mais a Ucrânia, contrariando plano de Trump
O novo secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, pediu, recentemente, aos estados-membros da aliança que se concentrem menos no processo de paz entre a Ucrânia e a Rússia e mais em fornecer armas a Kiev.
"Não vamos ter todas essas discussões passo a passo sobre como um processo de paz pode ser", disse Rutte, durante a primeira reunião da OTAN, após a vitória de Donald Trump nos EUA.
“Certifiquem-se de que a Ucrânia tenha o que precisa para chegar a uma posição de força quando essas negociações de paz começarem, quando o governo ucraniano decidir que está pronto para isso”, Rutte continuou.
Rutte é ex-primeiro-ministro da Holanda e foi empossado como secretário-geral da OTAN em outubro de 2024. Desde então, ele assumiu uma posição dura contra a Rússia e sua invasão da vizinha Ucrânia.
No entanto, o The Hill observa que a volta de Donald Trump à Casa Branca complica os planos futuros para a Ucrânia.
O presidente eleito afirmou, em diversas ocasiões, que poderia colocar fim à guerra dentro de 24 horas. Seu objetivo gerou especulações sobre como seria o fim da guerra e, inclusive, uma mudança de tom por parte do presidente ucraniano.
Volodymyr Zelensky sinalizou, em uma entrevista à Sky News em 29 de novembro, que estava aberto a um cessar-fogo com a Rússia se a Ucrânia pudesse se juntar à OTAN.
“Se quisermos interromper a fase quente da guerra, precisamos tomar sob o guarda-chuva da OTAN o território da Ucrânia que temos sob nosso controle”, foram suas palavras.
“Precisamos fazer isso rápido. E então, a Ucrânia pode recuperar o território ocupado de forma diplomática”, acrescentou Zelensky.
Por outro lado, Zelensky acrescentou que precisava de uma garantia de que Putin não voltaria ao país para tentar tomar mais território.
Mas Rutte não parece tão otimista e disposto a confiar em Putin.
Ele disse que o plano da OTAN, nos próximos dias, seria se concentrar em como a aliança poderia fornecer mais ajuda militar à Ucrânia e mais defesa antimísseis.
O Secretário-Geral da OTAN também prometeu que a aliança defensiva garantiria a soberania da Ucrânia no campo de batalha.
Rutte alertou para a chegada de outro inverno crucial, no qual, provavelmente, a Ucrânia seria alvo de mais ataques russos.
“Putin não está interessado em paz. Ele está a pressionar, a tentar tomar mais território, porque ele acha que pode quebrar a determinação da Ucrânia e a nossa”, disse Rutte.
"Mas ele está errado. A Ucrânia tem o direito de se defender, e nós temos o dever de ajudá-los. Então, precisamos continuar nosso apoio firme", acrescentou.