A grave acusação ao ex-presidente argentino Alberto Fernández
A ex-primeira-dama da Argentina, Fabiola Yáñez, denunciou à Justiça o ex-marido e ex-presidente do país sul-americano, Alberto Fernández, por violência de gênero. O político nega as acusações.
Segundo a CNN, Yáñez fez a denúncia da Espanha, onde vive, através de comunicação digital. O juiz que que recebeu a declaração é Julián Ercolini, que determinou que fosse garantida proteção à vítima.
O Infobae destaca que a audiência formal durou cerca de 40 minutos e não foram fornecidos mais detalhes sobre os ataques. Porém, o advogado de Yáñez confirmou que possui mais fotos e provas para apresentar à Justiça. Além disso, a mãe da ex-primeira-dama também poderia atuar como testemunha.
Após tomar conhecimento da denúncia, o ex-presidente publicou uma nota em sua conta do X, em que afirma que “a verdade dos fatos é diferente” e que não fará declarações à mídia.
“Vou apenas dizer que é falso e que isso de que ela agora me acusa nunca aconteceu. (...) Fornecerei as provas e os depoimentos perante a Justiça que revelarão o que realmente aconteceu”, escreveu Fernández.
Segundo o jornal Página 12, a denúncia afirma que existem “conversas e imagens que indicariam a possível prática do crime de lesões leves em contexto de violência de gênero”. Além disso, Yáñez relatou ter sofrido “terrorismo psicológico” por parte de Fernández.
Para proteger a vítima, o juiz determinou que Fernández mantivesse uma distância de pelo menos 500 metros da denunciante e proibiu qualquer tipo de contato, seja físico ou virtual. Também por decisão do juiz, Alberto Fernández não pode sair da Argentina.
Os primeiros indícios de uma possível agressão do ex-presidente a Fabiola Yáñez surgiram depois da perícia do celular de María Cantero, ex-secretária de Alberto Fernández, no caso dos seguros de organismos públicos nos quais o ex-presidente e pessoas ao seu redor estão sendo investigados.
Segundo o Infobae, em mensagens trocadas entre María Cantero e Fabiola Yáñez, a ex-primeira-dama relata supostos atos violentos do ex-presidente. Julián Ercolini, o juiz que analisou o conteúdo das mensagens, notificou o Gabinete de Violência de Gênero do Supremo Tribunal e convocou Yáñez para uma videoconferência. Neste momento, ela se recusou a fazer a denúncia.
Porém, quando o jornal Clarín revelou a existência destas mensagens, Alberto Fernández entrou em contato com Fabiola Yáñez para que ela não apresentasse queixa. Na audiência formal da denúncia, segundo o Infobae, Yáñez acusou Fernández de “assediá-la psicologicamente”. Agora, o caso está nas mãos da Justiça.
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