Reforços militares da Coreia do Norte para a Rússia preocupa a Ucrânia

A Coreia do Norte planeja aumentar sua ajuda militar à Rússia, de acordo com o chefe da inteligência militar ucraniana, Tenente-General Kyrylo Budanov.

Budanov disse ao The War Zone que a Coreia do Norte, atualmente, tem cerca de 120 canhões de artilharia autopropulsados M1989 Koksan de 170 mm e 120 sistemas de lançamento múltiplo de foguetes M-1991 de 240 mm na Rússia.

As armas de artilharia de Pyongyang foram enviadas nos últimos três meses e é provável que mais sejam despachadas, de acordo com Budanov. “Eles têm muitos desses sistemas”, explicou.

Budanov explicou que a Coreia do Norte deve enviar reforços para a região de Kursk, na Rússia, a área onde as tropas de Pyongyang estão a operar. 

Segundo o The New York Times, em reportagem publicada no dia 22 de janeiro, uma autoridade de defesa dos EUA espera que estes reforços cheguem dentro de dois meses.

Howard Altman, do War Zone, destacou que a Coreia do Norte tem “um imenso arsenal de artilharia” que o país construiu ao longo de várias décadas. No entanto, quão eficazes são estes sistemas  implantados nas tropas russas?

De acordo com o Army Recognition, o M1989 Koksan é um canhão de 170 mm conhecido por seu “alcance notável”. Ele foi projetado para realizar bombardeios de longa distância e entrou em serviço pela primeira vez em 1989, tornando-se um sistema de artilharia bastante antigo.

Crédito da foto: Wiki Commons Por Stefan Krasowski, CC BY 2.0

“O alcance e o poder de fogo do M1989 o tornam ideal para operações de contra-bateria e bombardeio estratégico. Ele pode engajar artilharia inimiga e alvos de infraestrutura crítica a uma distância segura”, explicou o Army Recognition.

E continuou: “Essa capacidade dá suporte a operações terrestres mais amplas, fornecendo apoio de fogo de retaguarda eficaz e bombardeio de longo alcance, normalmente em baterias de artilharia para missões de fogo concentrado”.

Budanov, no entanto, está mais preocupado com o sistema de lançamento múltiplo de foguetes M-1991 Juche e os efeitos que eles podem ter no campo de batalha.

“As armas de 170 mm têm munição poderosa e boa capacidade”, disse ao The War Zone. “Os MLRS de 240 mm são como quaisquer outros sistemas pesados. Eles causam mais problemas na linha de frente.”

O M-1991 Juche foi visto, pela primeira vez em 1991, e tem 22 tubos de lançamento que disparam foguetes de 240 mm, de acordo com o Army Recognition. O lançador é montado na caçamba de um caminhão e pode disparar uma variedade de armas, incluindo explosivos, fumaça, incendiários e foguetes químicos.

Budanov disse ao The War Zone que não sabia quantas novas tropas norte-coreanas seriam enviadas para Kursk nem quando elas chegariam. No entanto, acredita que Pyongyang enviará cerca de 150 mísseis balísticos KN-23 para Moscou em 2025.

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