O que os criminosos fazem com celulares roubados?
Com o surgimento do PIX e com a evolução das estratégias criminosas, o roubo de celulares é cada vez mais frequente. Em 2021, foram roubados ou furtados, no Brasil, mais de 840 mil aparelhos, segundo o levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
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Isto significa que os ladrões não estão de olho apenas no valor do aparelho. Seu principal objetivo é roubar as informações pessoais, como senhas, documentos e o acesso ao PIX.
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Este tipo de crime acontece principalmente em grandes centros urbanos. A cidade de São Paulo lidera o ranking, com quase 290 mil aparelhos r o u b a d o s, em 2021, segundo o mesmo levantamento.
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Uma prática que tem se tornado comum é o roubo do celular enquanto a vítima está mexendo nele. Isto facilita a ação criminosa, já que a tela do celular está desbloqueada.
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Em poucos minutos, os criminosos começam a acessar os dados do celular. Para a maioria das pessoas, é quase impossível realizar o bloqueio remoto do aparelho em tão pouco tempo.
Então, o ladrão mantém a tela ativa, tira o chip e o coloca em outro aparelho. Em seguida, solicita envio de código de segurança por SMS, para trocar as senhas dos aplicativos.
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Isto significa que mesmo que você consiga realizar o bloqueio do celular, os criminosos conseguem receber códigos e senhas em outros aparelhos.
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Mas se o aparelho for roubado com a tela bloqueada, também deve-se ficar atento a possíveis danos. Os criminosos varrem a memória do celular com programas usados por hackers. Neste caso, o objetivo não é trocar senhas, mas acessar dados que estão salvos no aparelho, como por exemplo, informações pessoais.
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Com os dados da vítima, o criminoso consegue abrir conta em banco e até solicitar um novo cartão de crédito. Depois de aplicar o golpe, ele vende as peças do aparelho.
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Quem tiver o aparelho furtado, deve imediatamente ligar para a operadora e pedir o bloqueio da linha. Assim, o ladrão fica impedido de fazer ligações ou receber SMS.
Solicite ao seu Banco o bloqueio de qualquer operação feita por celular ou computador. Assim, o ladrão não conseguirá fazer um PIX, por exemplo.
Também é importante apagar remotamente todos os dados do celular, para impedir que o criminoso consiga roubar informações pessoais ou senhas enviadas por mensagens ou salvas na memória do aparelho.
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Vale ressaltar que as senhas de todos os aplicativos devem ser trocadas o quanto antes.
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Depois de tudo isso, é hora de fazer um Boletim de Ocorrência. A Secretaria de Segurança Pública e a Agência Nacional de Telecomunicações ressaltam a importância de fazer a queixa formal na polícia. Os órgãos de Segurança precisam dos dados das vítimas para planejar ações contra este tipo de crime.
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Segundo o Manual de Segurança da SSP, a orientação mais importante é andar atento na rua e evitar mexer no celular enquanto caminha. Isto porque, de acordo com o Manual, "os assaltantes valem-se principalmente do fator surpresa e da desatenção para atacarem suas vítimas".
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Esta mesma recomendação vale para quem está no carro. Se parar no trânsito, nunca fique distraído com o celular nas mãos, principalmente se estiver com a janela aberta.
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A maioria dos furtos e roubos de celular acontecem quando a vítima está na rua ou no carro, no fim de tarde, na volta à casa. No Estado de São Paulo, quase 26% de todos os objetos roubados, no ano de 2021, foram aparelhos de telecomunicação.
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Mesmo tomando todas as precauções, muitas vezes somos surpreendidos. Por isso, também é recomendável adotar outras medidas de segurança, como ativar a biometria ou o reconhecimento facial para acessar os apps.
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Prefira sempre os aplicativos que geram sequências numéricas, como o autenticador do google, em vez do envio de códigos por SMS.
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É desaconselhável salvar informações importantes em blocos de nota, fotos, ou mensagens. Muitas pessoas, por praticidade, têm uma foto do seu documento pessoal na memória do celular. No entanto, a polícia recomenda evitar esta prática.
Outra prática comum que deve ser evitada é o uso da mesma senha para diferentes aplicativos. Isso facilita (muito!) a vida dos criminosos.
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Aém disso, reduza o limite para pagamentos estantâneos. Como o dinheiro é transferido na hora, é mais difícil recupará-lo. Os ladrões costumam sacar o dinheiro rapidamente ou transferi-lo a outra conta, para impedir o rastreamento.
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Segundo consta na sua página, "A IDEC (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) entende que é falha no serviço dos bancos possuírem brechas na segurança que permitam que golpistas cometam atos prejudiciais aos consumidores".
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A IDEC orienta ainda que, caso seu pedido para reaver o prejuízo financeiro não seja atendido, é possível registrar uma reclamação na ouvidoria do banco. Se isto falhar, o Instituto recomenda que você procure o Procon da sua cidade, para que o órgão medie a recuperação dos valores perdidos. Além disso, há a opção de registro de reclamação no Banco Central.
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A diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública diz que a presença generalizada de smartphones nas cidades grandes contribui para a ação cruel de criminosos.
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