A grande descoberta de Stephen Hawking sobre o universo
Stephen Hawking foi um dos cientistas mais influentes da atualidade. Fez contribuições cruciais para o avanço das teorias que desvendam o Universo, além de ter sido um entusiasta em tornar a ciência acessível a todos.
Ele enfrentou uma doença motora degenerativa, chamada Esclerose Lateral Amiotrófica, que o deixou em uma cadeira de rodas e sem capacidade para falar de maneira natural. Por anos, usou um sintetizador de voz para se comunicar.
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Hawking faleceu em 2018, aos 76 anos, devido a complicações decorrentes da doença, que foi diagnosticada quando ele tinha 22 anos. No entanto, o aporte de suas teorias permanecerá na ciência por muitas e muitas décadas.
Para responder a perguntas básicas sobre o universo, Hawking usou como base a Teoria da Relatividade Geral, de Albert Einstein.
A partir disso, Hawking concluiu que o Universo teve um começo no passado. O teorema da singularidade de Hawking-Penrose afirma que a origem do espaço-tempo teve início no Big Bang.
Conforme relatado pela BBC, usando as teorias de Einstein junto a experimentos realizados no CERN (Conselho Europeu para Pesquisa Nuclear), que permite recriar as condições do universo primitivo, foi possível demonstrar que, em determinado ponto do passado, o espaço-tempo desaparece: esta seria justamente a origem de tudo!
Um dos principais colaboradores de Hawking, Thomas Hertog, explicou ao jornal El Mundo que a origem do universo pode, sim, ser compreendida apenas pela ciência, sem a necessidade de um Deus.
Para esclarecer a questão, Hertog citou o físico Georges Lemaitre: "Em vez de invocar um Criador como a causa do Big Bang, Lamaitre deixou o mistério em aberto. Veja o que ele disse: 'É possível que, ao descobrir o Big Bang, tenhamos encontrado algo que não tem causa'."
Agora, resta saber onde tudo termina. Segundo Hawking, a resposta estava nos buracos negros, um lugar onde o espaço-tempo desaparece.
Estas áreas do espaço são caracterizadas por forças gravitacionais tão poderosas que nada consegue escapar delas, nem mesmo a luz. Como se fosse um Big Bang ao contrário.
De acordo com a conjectura de Hartle-Hawking, os cientistas postularam que o Universo seria finito, mas com fronteiras móveis e ilimitadas.
O matemático britânico Roger Penrose explicou, à BBC: "Enquanto outros pesquisadores lutavam para descrever um breve momento na vida de uma molécula usando leis quânticas, Hawking (juntamente com o físico James Hartle) mostrou que era possível encapsular a história de todo o Universo em uma única equação matemática".
A última teoria desenvolvida por Hawking, em colaboração com Hertog, pouco antes de sua morte (2018), foi influenciada pela biologia. Ela propunha um universo em constante evolução, no qual as leis fundamentais não estariam fixas, mas em contínua mudança.
Sobre a finitudo do Universo, Hertog explicou à National Geopraphic: “Em nossa teoria [de Hawking e Hertog], o universo evolui no tempo e emerge de um estado atemporal no Big Bang”.
Ao eliminar a noção de tempo nesse vasto modelo matemático que busca explicar as condições físicas durante a origem do universo, ele se torna mais simples. Assim, segundo Hertog, seria possível comprovar ou refutar a teoria, em um futuro tangível, relatou a National Geographic.
Apesar da complexidade dos temas que explorava, Hawking tinha o desejo genuíno de que sua cosmologia chegasse ao grande público. Seu livro, 'Uma Breve História do Tempo', vendeu mais de 10 milhões de cópias, informou a BBC.
Em uma entrevista ao The New York Times, ele afirmou: "Quero que meus livros sejam vendidos em lojas de aeroporto". Para muitos, a grande genialidade de Hawking foi ter uma visão ampla de diferentes áreas da física, como a cosmologia, quântica e gravitação.
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