Mitos e verdades sobre favorecer um filho em detrimento de outro
Um assunto tabu nas famílias e na sociedade, a preferência que alguns pais podem dar a um dos filhos, parece ser uma realidade mais frequente do que se imagina.
Um estudo citado pela BBC News Africa descobriu que, no Reino Unido, "até 74% das mães e 70% dos pais demonstram tratamento preferencial em relação a um filho".
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Em contraste, de acordo com outra pesquisa da YouGov, no Reino Unido apenas 10% dos pais admitem ter essa preferência. Um sinal de que essa questão continua sendo um tabu.
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Embora favorecer uma criança não seja tão incomum, quais são as mais afetadas? Os mais velhos ou os mais novos? Meninos ou meninas?
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De acordo com a pesquisa YouGov, "43% dos pais com três ou mais filhos preferem o filho mais novo, com um terço escolhendo o filho do meio e apenas 19% o mais velho".
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Autores de um estudo publicado no Psychological Bulletin, Alexander Jensen e McKell Jorgensen-Wells realizaram uma meta-análise de 30 artigos científicos sobre o assunto, envolvendo um total de 19.469 participantes.
O estudo levou em consideração vários critérios, citados pelo Huffington Post: "ordem de nascimento, s e x o, temperamento e traços de personalidade", como extroversão.
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Vale ressaltar que os pesquisadores investigaram o tratamento real dado a cada criança, não os sentimentos que os pais têm por cada uma delas.
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Além disso, cinco áreas do comportamento parental foram examinados pelos cientistas: tratamento geral, interações positivas, interações negativas, fornecimento de recursos e controle.
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De acordo com essa análise, os pais tendem a dar tratamento preferencial às crianças "cuidadosas", responsáveis e bem organizadas, que são mais fáceis de gerenciar.
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Mais surpreendentemente, o estudo descobriu que os pais tendem, em geral, a favorecer as meninas, contrariando a sabedoria convencional de que os pais favorecem os filhos e as mães favorecem as filhas.
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Autoras do livro “O filho preferido, sorte ou fardo" (Belin), as acadêmicas Catherine Sellenet e Claudine Paque lembraram em entrevista ao Le Monde que “a preferência parental é de fato um fenômeno indizível, que é perturbador e vivido vergonhosamente”.
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De fato, tal preferência “é transgressora, incompatível com o modelo ideal de família onde tudo é partilhado igualmente”.
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No entanto, 80% dos pais questionados por essas especialistas em psicologia e comunicação estavam nessa situação. "Alguns, que inicialmente negaram favorecer um filho, tomaram conhecimento disso durante a entrevista", acrescentam.
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Catherine Sellenet e Claudine Paque discutem a "ferida narcisista" dos filhos que não foram preferidos, mas também a ambivalência do status de filho favorito, que pode ser uma "prisão de ouro".
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"Ser o queridinho é uma bênção e uma dor", eles dizem, citando "culpa" em relação aos irmãos e "fortes expectativas parentais" que envolvem "seguir um caminho definido, viver com medo de decepcionar e, portanto, de ser destronado".
Para Alexander Jensen, um dos autores do estudo americano, citado pelo Huffington Post, esta pesquisa pode, de qualquer forma, "ajudar pais e clínicos a reconhecer padrões familiares potencialmente prejudiciais".
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Ele diz que entender melhor essas interações, apesar da dor de descobri-las, pode ajudar a "garantir que todas as crianças se sintam amadas e apoiadas".
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