Os países mais perigosos do mundo em 2022
O Afeganistão manteve o título de “país mais perigoso do mundo” pelo quinto ano consecutivo, de acordo com o Índice de Paz Global (Global Peace Index) do Instituto de Economia e Paz.
O Iêmen ficou próximo do Afeganistão no ranking, por causa de seu conflito civil e internacional, em andamento.
O governo do Iêmen, apoiado pela Arábia Saudita, está envolvido em um conflito, que já dura oito anos, com os rebeldes Houthi, apoiados pelo Irã. O país vive uma das maiores tragédias humanitárias do mundo.
Os problemas do cotidiano da população iemenita deslocam “mais de quatro milhões de pessoas, dando origem a surtos de cólera, escassez de remédios e ameaças de fome”, de acordo com o Conselho de Relações Exteriores, um órgão renomado dos Estados Unidos.
A Síria está presa em seu próprio conflito armado, desde 2011. Segundo o Departamento de Estado dos EUA “nenhuma parte da Síria está a salvo da violência”.
“Sequestros por grupos armados, prisões ou detenções injustas, uso de armas químicas e bombardeios de centros civis representam um risco significativo de morte ou ferimento grave", acrescenta.
O Departamento de Estado dos EUA também alerta:“A destruição de infraestrutura, habitação, instalações médicas, escolas e serviços públicos de energia e água também aumentaram as dificuldades dentro da Síria”.
Desde a invasão da Ucrânia por tropas de Vladimir Putin, não é de surpreender que a Rússia esteja entre os países mais inseguros do mundo, atualmente.
Os autores do Índice de Paz Global observaram que a guerra entre a Rússia e a Ucrânia "levou a um grande aumento no número de mortes em conflitos, bem como a um aumento em indicadores como refugiados e deslocados internos, instabilidade e terror político”.
“O conflito na Ucrânia teve repercussões imediatas fora da Rússia e da Eurásia, especialmente nos países vizinhos”, acrescentam os autores do Índice de Paz Global.
O Sudão do Sul foi nomeado o país menos pacífico do continente africano por seus altos níveis contínuos de mortes, relacionadas aos conflitos internos do país.
Curiosamente, o relatório do Índice de Paz Global observou que a taxa de homicídios do Sudão do Sul estava em seu “nível mais baixo desde a criação do país em 2011”.
A República Democrática do Congo (RDC) teve um grande aumento de mortes por conflitos externos.
A instabilidade na RDC remonta a 1994, quando o genocídio em Ruanda levou à formação de grupos armados hutus no leste, provocando conflitos com os quais o governo do país ainda tem que lidar.
Em sétimo lugar está o Iraque, um país que nunca se recuperou totalmente da queda de Saddam Hussein. As minorias locais parecem estar presas em um estado perpétuo de conflito religioso e cultural que afetou seriamente a governança.
Felizmente, a Vision of Humanity observou que o Iraque "registrou o segundo maior aumento em paz no Índice de Paz Global de 2021, com sua pontuação melhorando em 4,3%”.
A melhoria da paz no Iraque tem sido uma tendência crescente no país, nos últimos quatro anos, e deve-se principalmente à redução da militarização e a uma grande queda nas mortes devido a conflitos internos.
“O número de mortes relacionadas ao conflito no Iraque caiu de um pico de mais de 15 mil, em 2014, para menos de mil, em 2019, com mortes por terrorismo seguindo uma trajetória semelhante”, escreveu Vision of Humanity em sua avaliação da situação do país.
Na Somália ficou, segundo o relatório do Índice de Paz Global, mais de 20% da população do país foi deslocada, em 2022.
A República Centro-Africana compartilhou com a Somália um nível de deslocamento populacional de 20%.
Este é o outro país africano no topo do ranking. O país é governado por uma junta militar, desde a queda de Omar al-Bashir, em 2019.
Após ser invadido pela Rússia, a Ucrânia caiu 17 lugares no Índice de Paz Global. Passou a 153º entre 163 países.
“Apesar da deterioração geral da paz global em relação a 2021”, escreveu Kelly Clarke, do National News, “90 países registraram uma melhora na paz este ano, enquanto 71 registraram uma piora”.