Países que já têm missões para conquistar a Lua
Há mais de 50 anos, em julho de 1969, o primeiro homem pisava a Lua. A missão Apollo 11, lançada pelos Estados Unidos, foi um grande marco para a exploração humana no espaço. Na época, o contexto era de Guerra Fria e a corrida espacial foi disputada entre a antiga União Soviética e EUA. Agora, em 2022, o cenário é diferente.
Foto: NASA
Os próximos anos prometem ser um novo divisor de águas para a história da conquista do espaço. Veja quais são os sete países com projetos e planos de enviar suas naves à Lua!
Foto: NASA/Frank Michaux
O projeto da Nasa é bastante ambicioso. Dividido em várias fases, Artemis tem como objetivo final não só voltar à Lua, mas também estabelecer lá uma base permanente e sustentável, tanto na superfície como em sua órbita.
Foto: NASA/Laura Sasaninejad
O primeiro lançamento foi feito em 16 de novembro de 2022, a chamada Missão Artemis I. Nela, a espaçonave Orion, não tripulada, foi propelida da Terra pelo foguete SLS para atingir a órbita da Lua e passar seis dias.
Foto: NASA/Joel Kowsky
A ESA (Agência Espacial Europeia) desempenha um papel muito relevante no programa Artemis, pois foi responsável pela construção da cápsula Orion, a nave interplanetária que sobrevoará a Lua.
Foto: ESA
A missão do Artemis II, prevista para 2024, depende do sucesso do Artemis I. Na segunda missão, a nave contará com quatro astronautas e fará um sobrevoo, no mesmo trajeto da etapa I, feita pela Orion. Uma terceira missão está prevista para 2025, quando se espera que o ser humano volte a pisar a superfície lunar.
A Jaxa, agência espacial japonesa, lançou um módulo ao espaço em novembro de 2022, mas, logo depois do lançamento, houve problemas de comunicação e não se sabe exatamente sua localização.
O objetivo dos japoneses é reconhecer crateras lunares, com o uso de tecnologias de reconhecimento facial. O detalhe é que o pouso, se bem-sucedido, será feito com uma precisão nunca antes alcançada. O nome da missão é Slim (sigla em inglês para “Módulo de Pouso Inteligente para Investigar a Lua”).
Conforme citado pela BBC Portugal, "o outro robô que a empresa japonesa vai implantar é dos Emirados Árabes Unidos, chamado Rashid. É um veículo de quatro rodas encarregado de testar o solo da Lua".
Apesar de haver anunciado que vai deixar a Estação Espacial Internacional (ISS) no ano de 2024, a Rússia, certamente, manterá seus projetos espaciais a todo vapor.
Seu projeto mais atual foi adiado e ganhou nova data para sair do papel. O portal dos profissionais de aeronáutica e do espaço, Actualidad Aeroespacial, diz: "A Rússia adia definitivamente a missão Luna-25, a nave espacial projetada para investigar o polo sul da lua, para o próximo ano (2023), confirmou o diretor geral da Roscosmos, Yuri Borisov (foto)".
Um dos principais objetivos, tanto da Rússia como dos outros países, é investigar o solo lunar, especialmente nos pontos com indícios de conter água congelada.
Para 2025, o plano é lançar uma missão tripulada, na espaçonave Orel. Ao mesmo tempo, a Rússia tem pressa para montar os módulos de sua própria estação espacial, a Ross (Russian Orbital Service Station). Segundo a GZH, Revista de Ciência e Tecnologia, "A novidade foi apresentada na Army-22, exposição militar industrial ocorrida em Moscou, em agosto de 2022".
Atualmente, a China é o maior adversário dos EUA na novo cenário da corrida espacial. Segundo O Globo, citando a a Corporação de Ciência e Tecnologia Aeroespacial chinesa (CCTA), o gigante asiático "pretende enviar um foguete tripulado para a Lua até 2030". Em junho de 2022, o órgão anunciou que os primeiros testes de um novo motor da nova geração de foguetes tripulados foram concluídos com sucesso. O próximo passo é iniciar a produção das primeiras amostras de protótipos.
A China foi a primeira a pousar um dispositivo no lado oculto da Lua, em 2019. Além disso, vem demonstrando solidez no que se refere à tecnologia espacial. Em 2021, o país enviou um pequeno robô a Marte.
Com sua estação espacial própria, a China investe bilhões de dólares no desenvolvimento de novas tecnologias espaciais, segundo a publicação do jornal O Globo.
Já a Coreia do Sul lançou sua primeira missão lunar no dia 4 de agosto de 2022. A sonda robótica, popularmente apelidada de Danuri (“aproveite a Lua”, em coreano) foi enviada ao espaço por uma nave da SpaceX, de Elon Musk (foto).
De acordo com a CNN Brasil, citando o Ministério da Ciência da Coreia do Sul, "espera-se que a nave entre na órbita da lua em dezembro, antes de iniciar uma missão de observação de um ano, onde procurará possíveis locais de pouso para futuras missões, realizará pesquisas científicas do ambiente lunar e testará a tecnologia da internet no espaço".
O rover batizado de Rashid, como citado anteriormente, é um pequeno veículo de quatro rodas que está pronto para sua grande viagem. É a aposta dos Emirados Árabes Unidos na exploração lunar, numa parceria com a empresa japonesa ispace Inc., e será levado por um foguete projetado pela SpaceX.
A expectativa é que o rover Rashid estude a mobilidade na superfície lunar. O veículo contará com câmeras de alta resolução, além de uma sonda e outros dispositivos. Para que isso seja possível, o rover foi desenvolvido com uma tecnologia que suporta baixas temperaturas, podendo chegar a -173°C.
Se a missão ocorrer com sucesso, o país será o quarto a pousar um veículo na superfície lunar e o primeiro do Oriente Médio, atrás de EUA, Rússia e China.
Em 2019, a Índia tentou realizar um pouso lunar, mas a missão Chandrayaan-2 falhou, depois de perder a comunicação, pouco antes de sua descida. A Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO, sigla em inglês) planeja uma próxima missão, chamada 'Chandrayaan-3'.
De acordo com o India Today, "S. Somnath, presidente da agência espacial indiana, disse que Chandrayaan-3 descolará em 2023, com um rover lunar mais robusto a bordo, o que é crucial para futuras explorações interplanetárias".