Por que Putin tem medo de ordenar uma segunda mobilização?

Pressão por nova mobilização
Linha dura da segurança quer abordagem mais agressiva na Ucrânia
Lei marcial e mobilização em grande escala
Sinais preocupantes
Uma nova lei
Avisos eletrônicos
Consequências
Políticas impopulares
Profundamente impopular
Dezenas de milhões não apoiam a guerra
A narrativa do conflito
Operação militar em pequena escala
A propaganda de Putin
Uma partida drástica
Contornando uma segunda mobilização
Fontes dizem
Qual é o objetivo no momento?
Pressão por nova mobilização

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, está sob crescente pressão para adotar uma abordagem ainda mais radical na guerra da Ucrânia.

Linha dura da segurança quer abordagem mais agressiva na Ucrânia

Um artigo da Bloomberg News garante que a “linha dura da segurança” dentro da Rússia queria que o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, avançasse para “uma condução mais agressiva da guerra”.

Lei marcial e mobilização em grande escala

Segundo a reportagem, cinco pessoas familiarizadas com a situação disseram que algumas das medidas que os radicais queriam ver incluíam a mobilização em grande escala e a lei marcial.

Sinais preocupantes

As autoridades russas não tomaram qualquer medida em direção a nenhuma dessas políticas, até agora, mas há alguns sinais muito preocupantes para os russos.

Uma nova lei

Em meados de agosto, Putin sancionou um projeto de lei que permite às autoridades emitir avisos eletrônicos aos recrutados e reservistas, provocando novos receios de mobilização, informou a Rádio Europa Livre.

Avisos eletrônicos

No caso de que, finalmente, sejam enviados, os avisos serão considerados válidos imediatamente e aqueles que forem convocados e não comparecerem sofrerão consequências graves.

Consequências

Neste caso, não só serão proibidos de deixar a Rússia, como também terão a sua licença suspensa e poderão ser impedidos de vender ativos.

Políticas impopulares

Apesar da lei recente, há razões que parecem impedir Putin de anunciar uma segunda mobilização, entre elas o medo de uma reação interna devido à impopularidade da política.

Profundamente impopular

A Newsweek conversou com Konstantin Sonin, economista político da Universidade de Chicago, sobre a situação na Rússia e ele explicou que Putin sabe que a mobilização é “profundamente impopular”.

Dezenas de milhões não apoiam a guerra

“Há alguns milhões que estão muito felizes por haver uma guerra contra a Ucrânia, há alguns milhões que se opõem à guerra e há dezenas de milhões que não apoiam e que não protestam”, disse Sonin. 

A narrativa do conflito

Outro motivo pelo qual Putin não está pronto para anunciar outra ronda de mobilização é o fato de que isso desafiaria a narrativa de propaganda do Kremlin sobre o conflito.

Operação militar em pequena escala

Sonin explicou que a mensagem transmitida aos russos é que todo o país não está em guerra, mas apenas uma operação militar em pequena escala.

A propaganda de Putin

“Isso é o que ele ouve nos relatórios do exército e da polícia, e esta é a linguagem que ele fala aos seus subordinados e ao público em geral”, disse Sonin.

Uma partida drástica

“Anunciar uma mobilização abertamente será um afastamento drástico desta visão de mundo, quase como estourar uma bolha informativa”, acrescentou Sonin.

Contornando uma segunda mobilização

O Moscow Times observou que Putin conseguiu contornar um segundo apelo à mobilização, intensificando os esforços para conseguir que os russos se alistassem voluntariamente e servissem como soldados contratados.

Fontes dizem

Fontes envolvidas na primeira mobilização parcial disseram à agência de notícias que não tinham visto quaisquer sinais de uma segunda mobilização, mas notaram que o objetivo era conseguir que as pessoas se inscrevessem para lutar como soldados regulares.

Qual é o objetivo no momento?

“Se estivéssemos realmente em guerra com todo o poder da NATO, então a mobilização seria lógica e partiríamos todos para defender a pátria. Mas qual é o sentido de fazer isso neste momento?” disse um dos entrevistados pelo Moscow Times.

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