Porto construído pelos EUA no Ártico pode causar caos mundial

Um porto de águas profundas que pertence aos EUA
Investimento alto
Rota de cruzeiros e navios militares
Presença russa e chinesa?
O Ártico
Terra de ninguém
A estratégia dos EUA para as rotas marinhas
O efeito da guerra
Uma ação lenta
Uma rota disputada
A Rússia
Mais competição
A receita da Rússia
Geografia
Uma região difícil
Combater as sanções
As vantagens da rota do Ártico
Diminuir o tempo das viagens
Mais barato
Grandes recursos naturais
Um aumento no volume de negociação
Efeito da mudança climática
Temperaturas sobem mais rápido
Sem gelo?
O mar de Barents
A Rússia não deve ser subestimada
Bom para algumas economias, mas ruim para o planeta
Um porto de águas profundas que pertence aos EUA

No Alasca, uma pequena cidade com 3.500 habitantes poderá ser o cenário de uma luta internacional pelo domínio do primeiro porto de águas profundas do Ártico.

Investimento alto

Serão necessários cerca de 600 milhões de dólares para construir uma expansão, que provavelmente estará operacional até 2030.

Rota de cruzeiros e navios militares

O porto receberá navios de até 4 mil passageiros, como as linhas de cruzeiro. Além disso, aportaram nele navios de carga, que vão abastecer pequenas cidades do Alasca, e embarcações militares.

Presença russa e chinesa?

A presença militar dos EUA na pequena cidade de Nome deve impedir o estabelecimento de navios russos e chineses no Ártico.

O Ártico

A previsão é de que a área possa se tornar uma importante rota estratégica e comercial para economias maiores, nos próximos anos.

Terra de ninguém

O terrítório do Ártico, de 8.700 quilômetros quadrados, não pertence a nenhum país. No entanto, Rússia, Canadá, Noruega, Dinamarca e Estados Unidos possuem algumas áreas na região.

Foto: Ivana Medic/Unsplash

A estratégia dos EUA para as rotas marinhas

Em outubro de 2022, o governo Biden revelou uma "Estratégia Nacional para a Região do Ártico", que prevê rotas estratégicas para a próxima década.

O efeito da guerra

Segundo uma análise do jornal Politico, a guerra na Ucrânia intensificou o interesse pelo Ártico. Os esforços dos Estados Unidos, no entanto, podem ser ineficazes, devido à falta de experiência do país.

Uma ação lenta

O problema não é novo. Em 2019, o contra-almirante da Marinha, David W. Titley, disse à CNN que os EUA sabem que suas ações são demasiado lentas.

Foto: Annie Spratt / Unsplash

Uma rota disputada

Em entrevista à CNN, o almirante observou: "Acho que finalmente começamos a prestar a devida atenção. O Ártico foi ignorado nos últimos anos, mas nossos rivais já têm planos sérios para ele."

A Rússia

Durante o Fórum Econômico de São Petersburgo, em junho de 2022, Igor Sechin, um oligarca próximo a Putin e CEO de uma empresa petrolífera, chamou o Ártico de "arca de Noé", pois seria capaz de salvar a economia russa.

Mais competição

A China também está muito interessada em projetos russos, na Rota do Mar do Norte, e considera o Ártico crucial para sua política comercial. Ela a chama de "Rota da Seda Polar".

A receita da Rússia

Neste momento, a Rússia domina a área. De acordo com o arctic-russia.ru, um portal de investimentos russo, o Ártico "representa um quinto das receitas orçamentárias federais".

Foto: Sergey Pesterev / Unsplash

Geografia

A Rússia sempre demonstrou grande interesse pelo Ártico, principalmente por questões geográficas, já que o litoral mais extenso do país, na região da Sibéria, tem vista para o Ártico.

Uma região difícil

Por outro lado, as águas do Ártico são navegáveis apenas alguns meses do ano, geralmente de junho a novembro. No inverno e na primavera, o gelo o torna intransitável.

Foto: Sergey Pesterev / Unsplash

Combater as sanções

Igor Sechin, oligarca russo, vê o Ártico como um meio de contrabalançar as sanções à economia russa. Ele também sabe que o Ártico poderá ser crucial para o comércio mundial.

As vantagens da rota do Ártico

A região é rica em recursos naturais, ainda inexplorados, além de ser uma rota comercial mais rápida.

Foto: Annie Spratt / Unsplash

Diminuir o tempo das viagens

De acordo com as últimas estimativas, a rota comercial do Ártico, chamada Rota do Mar do Norte, levaria 40% de tempo menos do que as rotas tradicionais.

Mais barato

Assim, a viagem fica mais barata, usando menos combustível do que a rota do Canal de Suez, por exemplo.

Grandes recursos naturais

A rota marítima do Ártico também aumentaria a possibilidade de explorar as reservas de gás e petróleo da região, garantindo seu transporte entre portos asiáticos e ocidentais.

Um aumento no volume de negociação

Segundo dados do arctic-russia.ru, o tráfego de cargas pela Rota do Mar do Norte foi de 31,5 milhões de toneladas, até 2019. No entanto, estima-se que, até 2035, o volume possa chegar a impressionantes 160 milhões de toneladas.

Efeito da mudança climática

O Ártico é uma das regiões mais afetadas pelas mudanças climáticas. Com o aquecimento global, suas águas permanecem cada vez menos tempo congeladas.

Temperaturas sobem mais rápido

No Mar de Barents, ao norte da Noruega e da Rússia, as temperaturas sobem 7 vezes mais rápido do que a média mundial, de acordo com um estudo do Instituto Meteorológico Finlandês.

Foto: Marc Marchal / Unsplash

Sem gelo?

Isso significa que o gelo do Ártico derrete cada vez mais rápido, com consequências terríveis para o planeta, mas com chances de abrir novas rotas marinhas, o ano todo.

Foto: Adam Excell / Unsplash

O mar de Barents

Portanto, a Rússia quer explorar o Mar de Barents e aumentar o transporte naval na região, controlando a nova rota. Mas Putin não é o único interessado.

Foto: Vadim Artyukhin / Unsplash

A Rússia não deve ser subestimada

"O que acontece no Norte é essencial e tem um efeito direto na segurança de outros lugares", disse o contra-almirante Rune Andersen, da Marinha e Guarda Costeira norueguesa, ao jornal Politico.

Bom para algumas economias, mas ruim para o planeta

Diante dessas questões econômicas e políticas, os ativistas ambientais acreditam que as preocupações com a Rota do Mar do Norte desviam o foco de um problema muito mais crucial para a humanidade: o derretimento do gelo do Ártico.

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