Primeiros passos da contra-ofensiva ucraniana já estão em andamento
As operações preliminares necessárias para estabelecer as bases da contra-ofensiva da Ucrânia contra as forças russas começaram, de acordo com o Chefe de Gabinete do presidente Volodymyr Zelensky, Mykhailo Podolyak.
Podolyak explicou que a contra-ofensiva é um processo contínuo de desocupação e não pode ser fixada em uma determinada hora ou data.
"Certos processos já estão a acontecer, como destruir linhas de abastecimento ou explodir depósitos atrás das linhas”, disse Podolyak.
E acrescentou: “A intensidade tem aumentado, mas levará um longo período de tempo”.
Podolyak também acrescentou que, com o tempo,haverá mais ataques de grupos paramilitares na fronteira com a Rússia, como aconteceu em Belgorod, no final de maio.
O chefe do Gabinete Presidencial da Ucrânia disse ao The Guardian que se a Rússia perdesse a guerra convencional, também perderia o controle sobre seu território.
Entretanto, “no regime autoritário da Rússia, como podemos impedir que seus próprios cidadãos façam algo a respeito?”, Podolayak questionou.
Em 27 de maio, o comandante-em-chefe das Forças Armadas da Ucrânia, general Valerii Zaluzhyni, deu a entender que a contra-ofensiva havia começado.
Ele publicou um video de uma propaganda de guerra, que pedia aos soldados que agissem.
“Chegou a hora de recuperar o que é nosso”, escreveu o general Zaluzhyni na legenda do video de aproximadamente um minuto, de acordo com a CNN.
Segundo a CNN, o vídeo apresentava imagens de soldados a marchar e a treinar, bem como o uso de equipamentos pesados, como artilharia alemã, americana e lançadores de foguetes.
“Ucrânia, minha pátria natal, Senhor, nosso pai celestial, abençoe nossa ofensiva decisiva, nossa vingança sagrada, nossa vitória sagrada”, proclama um dos soldados no final do vídeo, segundo tradução da CNN.
No mesmo dia em que Zaluzhyni postou o vídeo da Ucrânia, o secretário do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia, Oleksiy Danilov, disse à BBC News que a contra-ofensiva poderia começar "amanhã, depois de amanhã ou em uma semana".
Danilov explicou que não divulgaria as datas da contra-ofensiva ucraniana, já que erros não poderiam ser cometidos.
“Temos uma tarefa muito responsável perante o nosso país. E entendemos que não temos o direito de cometer um erro”, disse Danilov à BBC News.
É importante lembrar que os comentários desses líderes ucranianos podem ser parte de uma estratégia de guerra psicológica, com o objetivo de forçar a Rússia a agir de uma forma que ajude a Ucrânia.